O movimento “# OCUPA CAIS MAUÁ” realizou na tarde quente de sábado (23/AGO) mais um encontro na área do cais Mauá, no porto de Porto Alegre. O espaço entre os armazéns B2 e B3, bem como a primeira doca recebeu muitos visitantes. Que tinham com principal motivação poder apreciar o por do Sol do Guaíba. Fato que desde que o Governo do Estado passou o controle da área para a empresa Porto Cais Mauá tem sido dificultado.
No movimento que foi pacífico, ficou evidente o medo de quem assumiu a responsabilidade de revitalizar o cais Mauá, e entregá-lo à comunidade, ainda não o fez. O serviço de vigilância privada, contratado pelo empreendimento ficou observando a chegada das pessoas. E diante do grande número dos que lá se encontravam, pela primeira vez, não demonstrou sua truculência habitual no trato com as pessoas.
UMA GRANDE CONTRADIÇÃO.
Por outro lado uma viatura da Brigada Militar realizou diversas passagens pela área interna do cais Mauá. Num contraste com a posição de completa passividade que a mesma tomou no ano anterior. Quando não se fez presente para coibir os atos de vandalismo contra o patrimônio público e privado nas ruas da capital do Estado. Numa completa contradição, ou num jogo de cena. Apenas para mostrar que ali esteve. Pois se a área foi privatizada, ela não deveria lá estar. Digo isto seguindo o mesmo raciocínio utilizado pela força policial de nosso Estado. Que se nega a entrar nos estádios de futebol para fazer a segurança. Alegando que é um evento privado. E cabe ao organizador promover este tipo de serviço.
Tudo isto serve para evidenciar o quanto nossos governantes são fracos nos seus conceitos. E com suas ideias são maleáveis aos interesses momentâneos de cada situação. E para o povo isto é muito ruim. Pois uma postura deste tipo não é boa para a administração pública de um estado tão importante como o nosso. Ela não nos transmite segurança. Nem demonstra ser uma postura séria e profissional. Pensem nisso pois este ano é ano de eleição. E é neste momento que a nossa voz pode e deve ser ouvida.
Muito Obrigado!
Vanderlan Vasconselos
Fotos: Carlos Oliveira
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