A sequencia de fotografias aqui apresentadas possuem em comum a chegada da barcaça graneleira “Prof. David Cunha” de propriedade da empresa Frota de Petroleiros do Sul – PETROSUL. E nelas eu convido o leitor a refletir sobre a diversidade de opções que a navegação nos apresenta. Seja no transporte de carga, no transporte de passageiros ou no lazer e turismo.
No tocante ao transporte de cargas nós temos o contraste entre os navios de longo curso que aqui aportam. Verdadeiros gigantes em tamanho e capacidade de carga, quando comparados as pequenas e eficientes barcaças graneleiras. Que por serem pequenas chegam aonde os grandes navios não podem chegar. E com isto, ou melhor, por isto cumprem uma função econômica muito importante.
Nós também temos um transporte de passageiros que visa atender a demanda de deslocamento da população e também o turismo. No primeiro caso a sua retomada é muito recente. Há muita expectativa, mas a burocracia não a deixa se desenvolver. A ineficiência do Estado em fazer a sua parte como ente em liberar a concessão. Entregando toda a documentação exigida pela legislação federal. Que visa única e exclusivamente garantir a segurança de quem vai utilizar o serviço é lastimável. Tudo o que o Estado fez na atual fase da navegação de passageiros foi precário. Desde o edital. Mostrando o quanto ele é amador no trato da coisa pública. E esta realidade foi evidenciada já em 2011. Onde o todo o processo foi gestado e gerenciado sem que o porto se quer soubesse do que estava sendo feito. E dando à autarquia competente, nesta caso a Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH, atribuições que ela não tinha condições de atender. Por que estava com seus quadros técnicos completamente defasados e seu material sucateado.
Na parte do turismo. Uma das empresas símbolos no âmbito nacional que administra o barco “Cisne Branco” tem sofrido horrores desde que o Estado entregou o Cais Mauá para a iniciativa privada. As dificuldades importas ao funcionamento daquela empresa, pioneira no transporte de passageiros para o turismo, associado ao descaso do setor público em atender suas demandas são dignas de um livro. Cujo tema seria: “Como não administrar a coisa pública”. Esta empresa, diga-se de passagem, só não deixou Porto Alegre. Porque obteve o apoio da presidência da República que escutou o seu clamor. Ou seja. Tiveram de reclamar para a instância mais alta do Poder Executivo nacional, para terem o seu caso atendido no exame da sua situação.
Como podemos ver. Há muita coisa errada quando se observa a nossa navegação. E os erros não são causados pela iniciativa privada que a explora. São, principalmente causados pelo Estado. Que não sabe ser profissional. E por tanto não sabe administrar a coisa pública. Visando o interesse público. E esta realidade tem de mudar. Pois do jeito que esta não pode ficar. Pensem nisso e me ajudem a tornar este assunto mais debatido entre a nossa população.
Muito Obrigado!
Vanderlan Vasconselos
Fotos: Carlos Oliveira
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