quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A dificuldade de se divulgar a navegação.

Chegou a Porto Alegre ás 10:19 da manhã de domingo (29/JUN) a barcaça graneleira “Trevo Norte”. A fotografia aqui apresentada mostra quando a barcaça estava fazendo a curva para alinhar com o cais Mauá. Antes de chegar e atracar no cais Navegantes. Lá sua atracação foi registrada pelo site oficial da Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH, que administra o Porto de Porto Alegre como: “Troca de tripulantes, abastecimento de diesel e manutenção” Informou que ela atracou no dia 29/JUN e partiu em 01/JUL.

A barcaça que veio de Rio Grande e chegou visivelmente carregada. Não recebeu nenhuma referência nos dias seguintes de ter atracado em algum terminal público ou privado para realizar a descarga de sua carga. Isto demonstra o quanto é difícil fazer a correta divulgação da navegação em nosso estado. Fato que ocorre não só no porto de Porto Alegre, mas também algumas vezes no porto de Rio Grande. Aonde nem sempre as informações são disponibilizadas.

A dificuldade que relato aqui. Também é a dificuldade que o Governo Federal enfrenta. Na qual ele nem sempre conseguia saber ou mensurar a origem, o tipo, o volume e o destino das cargas transportadas no Brasil. Informação necessária para se realizar um planejamento estratégico. Básico para gerar uma política para o setor mais eficiente.

Um dos meios que se implantou para solucionar este problema foi o programa Porto sem Papel. Facilitando e agilizando a transferência das informações. De uma forma mais visível e clara. Isto me faz lembrar o trabalho que o então diretor de portos, engenheiro Silvio David teve neste sentido dentro da SPH. E as dificuldades enfrentadas pelo setor de estatísticas da autarquia em aceitar a sua proposta. Na qual o responsável defendia a permanência de um método arcaico, lento e manual. No qual o setor recebia as informações impressas. Enviadas por correio. Para posteriormente as inserir manualmente nos computadores da autarquia. Método no qual existe a possibilidade de erro na hora de reescrever as informações.

Já o controle das embarcações que atracavam junto ao cais era ainda mais arcaico. Consistia em marcar com um “X” numa relação onde constavam os nomes das barcaças da navegação interior, que aqui costumam operar. Sempre que elas atracavam em um dos cais do porto. Um procedimento muito rudimentar, que mostra o total despreparo da autarquia no trato da coisa pública.

Mas voltando a questão da barcaça graneleira “Trevo Norte”. Quero apenas mostrar o quanto o sistema existente ainda é falho e impreciso. E com isto demonstrar as dificuldades que eu enfrento para poder, da forma mais singela de que disponho, de divulgar a navegação e sua importância para todos nós. Ao mostrar este fato convido a todos a refletirem sobre o assunto. Pois somente assim vamos compreender melhor o assunto e todos os detalhes que o compõe.

Muito Obrigado!

Vanderlan Vasconselos

Foto: Carlos Oliveira

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