segunda-feira, 11 de junho de 2012

Progressos na operação de desmancha do ex-navio paraguaio “General Bernardino Caballero”.

 Aos poucos o ex-navio mercante paraguaio “General Bernardino Caballero” vai sendo desmanchado. A operação que ocorre no porto da capital é necessária para possibilitar sua remoção do local com maior segurança. Este fato já fora ressaltado pelo delegado da capitania dos Portos em Porto Alegre, capitão-de-fragata Jayme Tavares Alves Filho, durante um dos vários encontros realizados para tratar do assunto na Superintendência de Portos e Hidrovias. Na época, o comandante Jayme chamou a atenção para o fato de que enquanto a comunidade local estava preocupada com a questão estética da cidade, a Marinha do Brasil se preocupava com a segurança da navegação e a preservação do meio ambiente. E, por esta razão, orientava que o navio tivesse parte de sua estrutura removida antes de qualquer tentativa de remoção. Parecer semelhante foi feito pelo engenheiro Jorge Peña, contratado pela SPH para realizar vistoria nas embarcações e produzir um laudo técnico sobre as mesmas. Laudo este que foi a base para o processo de abertura de leilão dos navios, ocorrida neste ano. Segundo o engenheiro Jorge Peña, a redução do peso das embarcações possibilitaria sua remoção com muito mais segurança tanto na manobra, quanto no posterior desmanche definitivo aonde ele venha a ocorrer. Já que a embarcação terá de ser, necessariamente, retirada da água para que isto ocorra. E quanto mais leve ela estiver, mais fácil será a manobra.
Outro fato que devemos observar, é que o processo de desmanche deve ocorrer levando-se em consideração os esforços sofridos pela estrutura do navio. Buscando sempre a redução ao máximo dos mesmos. Não se pode correr risco semelhante ao do antigo navio “Mariângela Matarazzo”, que ao ser desmanchado de forma incorreta acabou por partir-se ao meio. Pondo em risco as águas do Guaíba, e gerando uma operação que envolveu diversos órgãos públicos para solucioná-la. Este risco esta minimizado no caso atual, tendo em vista a larga experiência do engenheiro Jorge Peña, que como ex-funcionário do Estaleiro Só, trabalhou em muitas operações de desmanche de embarcações ali realizadas.
Cabe também lembrarmos, que a remoção dos navios de origem paraguaia estava sendo solicitada pelo Ministério Público. Que em ação, cobrava da SPH a iniciativa da retirada não só das embarcações, como dos resíduos lá existentes. E que diante das circunstâncias foi feito um trabalho em conjunto com a FEPAM, Marinha do Brasil, Procuradoria Geral do Estado, no intuito de convencimento de que a venda das embarcações era o melhor caminho para solucionar o caso. Pois além de retirar do Estado o ônus da operação de limpeza dos mesmos, dava agilidade ao processo como um todo. Pois no que dependia da burocracia estatal, além de ser um processo lento, o mesmo sairia muito mais caro do que se tocado pela iniciativa privada. E mesmo assim, o processo arrastou-se por quase todo o ano de 2011.

        Diante dos fatos, cabe a todos nós saudarmos o andamento do trabalho, cujo resultado será a solução de um problema não só estético, mas principalmente de saúde e segurança da navegação e do meio ambiente.
Foto 1 – Navio “General Bernardino Caballero” em sua configuração inicial.
Foto 2 – Navio “General Bernardino Caballero”, já sem o mastro do castelo de proa sendo preparado para retirada dos mastros de carga.
Foto 3 – Início da retirada dos mastros de carga do navio “General Bernardino Caballero”.
Foto 4 – Navio “General Bernardino Caballero” já sem os mastros de carga.
Fotos: Carlos Oliveira


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