quarta-feira, 27 de junho de 2012

D&F Logística traz a Porto Alegre navio mercante “Lubie”.


A operadora portuária D&F Logística trouxe na manhã desta terça-feira (26) o navio mercante “Lubie” com um carregamento de 4.428 toneladas de fosfato monoamonico (MAP).

Com 189,59 metros de comprimento e medindo 23,61 metros de largura, o “Lubie” é uma embarcação nova. Construído no ano de 2011, pelo estaleiro chinês Mingde Heavy Industry, da cidade de Nantong. Seu proprietário é o armador polonês Polsteam Polish Steamship Co, da cidade de Szczecin.

Sua viagem ao Brasil iniciou-se no porto marroquino de Jorf. Sendo que antes de chegar a Porto Alegre ele fez escala no porto de Paranaguá, aonde chegou e fundeou no dia 28 de maio. Sua saída ocorreu no dia 09 de junho com destino ao porto de Rio Grande chegando e fundeando, fora da barra, no dia 11. Após esperar por 13 dias, finalmente pode entrar na madrugada do dia 24 e atracar no Terminal de Uso Privado (TUP) da empresa Yara. Neste descarregou 2.040 toneladas de NP e 2.460 toneladas de fosfato monoaminico (MAP).

Como se pode observar dois são os fatos que nos chamam a atenção. O primeiro diz respeito à construção naval em si. Onde se observa que no mundo há um grande esforço na construção de navios. Este fato representa a geração de empregos. Que no nosso caso esta focado única e exclusivamente no atendimento a demanda da Petrobras e do Pré-Sal. Nós não vemos discursos falando em se construir navios para a navegação mercante comercial, seja ela nacional ou estrangeira. Isto revela o quanto nosso atual programa é dependente de um único projeto, de uma única empresa. Fato que pode ser extremamente perigoso para o seu sucesso futuro.

O segundo fato também revela um dos nossos pontos fracos, e que compromete nosso desenvolvimento econômico. A espera de uma embarcação por 13 dias para poder operar em um terminal, demonstra o quanto há falta de política para a modernização de nossos portos e dos seus terminais. Criar linhas de financiamento barato para a modernização dos mesmos é garantir maior agilidade aos nossos portos. Cobrar que as empresas invistam é necessário, pois quem se beneficia com este investimento é não só o terminal, o porto, mas toda a cadeia produtiva. Barateando os custos e atraindo mais e mais cargas para nossos portos e terminais. Ter uma política clara para o setor é termos garantia de que dias melhores virão. Pois se há fila de navios esperando para carregar ou descarregar, certamente haverá filas de caminhões com o mesmo objetivo. E isto resulta em uma elevação dos nossos custos operativos, que em nada nos beneficiam. Como podemos ver, é preciso dar condições para que o nosso desenvolvimento ocorra. E isto compete tanto ao setor político, quanto o empresarial. E o primeiro passo, passa necessariamente por mostrar que o sistema atual têm problemas e exige soluções.

Foto: Carlos Oliveira

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