No município de Guaíba há uma das mais importantes indústrias do nosso Estado. A Celulose Rio-grandense, que até bem pouco tempo era conhecida por Aracruz Celulose, quando foi adquirida por empresários chilenos. O setor de celulose é muito importante no mundo todo. E o Estado esteve na mira das multinacionais que aqui pretendiam estabelecer novos investimentos. Que articulados com a produção já implantada no vizinho Uruguai criariam um sistema capaz de mudar a dinâmica regional.
Infelizmente estes empreendimentos não se confirmaram no que diz respeito ao nosso Estado. As restrições à posse de terra por estrangeiros foram um dos fatores primordiais para o recuo na decisão das multinacionais. Ter a posse, era visto como a garantia de que aquela terra produziria a madeira necessária para que as unidades industriais pudessem operar. O outro fator, estava relacionado às barreiras impostas pelos ambientalistas, temerosos dos impactos negativos que estes projetos causariam.
Por sua vez o projeto de Guaíba não enfrenta este problema. Já esta consolidado há décadas, e sua produção gera riquezas e empregos a muita gente. Sua produção visa basicamente o mercado externo, e para tanto se vale do transporte por navios para fazê-lo de forma eficiente e econômica. Este é o caso do embarque que ora se efetiva. No qual a barcaça graneleira “Porto de Viamão”, pertencente a Navegação Guarita S.A., esta transportando 2.300 toneladas de celulose para o Terminal de Uso Privado – TUP, da empresa Cimbagé, localizada no porto de Pelotas. Ao todo o “Porto de Viamão” transporta mais carga do que 76 carretas poderiam transportar. A retirada deste número significativo de veículos pesados de nossas estradas já é um benefício significativo. O outro no qual devemos salientar é a redução do custo do frete pago. Que consegue ser repassado no custo final do produto, garantindo competitividade à nossa indústria, e a manutenção dos postos de trabalho. Como podemos ver, a navegação e a hidrovia fazem parte da nossa cadeia produtiva. Atuando de forma dinâmica e positiva na composição do preço final. Divulgar este fato nunca é demais. Divulgar que a utiliza e quem possibilita sua utilização é dar condições aos demais interessados de buscarem o mesmo caminho. Beneficiando-se do meio de transporte mais utilizado por quem faz comércio exterior.
Unidade industrial da Celulose Rio-grandense, as margens do Guaíba, e que possui terminal portuário privativo.
Barcaça graneleira “Porto de Viamão” utilizada no transporte da celulose.
Descarga de celulose embalada em pacotes individuais.
Fotos: Carlos Oliveira
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