Atracou
na manhã desta quinta-feira (21) o navio mercante “Pomorze”, de bandeira de
Bahamas. A embarcação que mede 189,97 metros de comprimento e possui 28,50
metros de largura trouxe a Porto Alegre, um carregamento de 9.600 toneladas de
Fosfato Diamônio – DAP, originalmente embarcadas no porto de Tampa, Estados
Unidos. Em sua viagem o navio fez sua última escala no porto de Rio Grande. Lá
ele descarregou 21.040 toneladas de DAP.
Um fato que chama a
atenção é o atual perfil do comércio de fertilizantes no Brasil. Há alguns anos
atrás, cada empresa importadora contratara um navio exclusivamente para
transportar sua compra. E o mesmo ia distribuindo a mercadoria nos vários
portos brasileiros. Hoje é muito comum que um navio venha com carga para o mais
variado número de clientes. Essa racionalização no processo de compra releva
não só uma racionalização no processo de compra de um produto. Como também as
empresas optaram por fazer compras mais regulares ao invés de uma grande
compra. Fato que exige das mesmas ter uma grande área apropriada para o
armazenamento dos produtos. Ao se fazer compras de volumes menores, se
sincroniza a demanda com a oferta. Se evita a imobilização de capital por um
período muito grande, e se dá agilidade ao fluxo de caixa. Assim sendo, na
passagem do “Pomorze” pelo porto de Rio grande, o mesmo descarregou sua carga
para sete clientes distintos: Fertilizantes Multifértil (1.100 toneladas),
Fertilizantes Heringer (2.200 toneladas), Joaquim Oliveira S/A Participações
(2.420 toneladas), Ourofértil Fertilizantes (2.860 toneladas), Coxilha
Indústria de Fertilizantes e Corretivos (4.620 toneladas), Fertilizantes
Piratini (7.040 toneladas) e Universal Fertilizantes – Unifértil (759,928
toneladas).
Esta realidade também
permite que as empresas menores, consigam fazer concorrência com as grandes
multinacionais que atuam no setor. Sem este recurso, sua sobrevivência no
mercado competitivo da indústria de fertilizantes seria muito mais difícil. Já
que as multinacionais podem trabalhar praticando preços menores sem
necessariamente terem prejuízo. Pois o mesmo é absorvido pelo mercado de outros
países. E para a indústria nacional, este processo não é possível de ocorrer
sem comprometer a saúde financeira das mesmas.
Fotos: Carlos Oliveira
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