quarta-feira, 13 de junho de 2012

Hidrovia um caminho fértil para a sustentabilidade




Uma das palavras em destaque nos dias atuais é a “Sustentabilidade”. Em dias de “Rio + 20”, nunca este tema foi tão abordado como nos últimos tempos. Com relação ao tema, nós devemos nos questionar como podemos fazer nossa parte, na busca de um mundo mais sustentável.
Todos nós já percebemos que uma embarcação pode transportar muito mais carga com muito menos gasto de combustível do que o feito por via rodoviária. Que o custo deste transporte também é menor do que o das ferrovias. No entanto o transporte rodoviário continua a ser o mais utilizado. Mesmo quando um curso d’água corre paralelo ao de uma rodovia, ou da nossa malha rodoviária. Este é o caso efetivo do que ocorre com o nosso rio Jacuí, lago Guaíba e Lagoa dos Patos.

Em vista disso, devemos rever necessariamente nossos hábitos e costumes. E um modo correto de fazer isto é divulgar a utilização da hidrovia, para que aqueles que não a conhecem possam tomar conhecimento sobre o assunto. Neste caso, cito aqui um exemplo que esta ocorrendo neste exato momento. A barcaça graneleira “Trevo Norte”, de propriedade da Navegação Aliança, com sede em Porto Alegre, levou para Rio Grande 1.503 toneladas de cavacos de madeira. Lá descarregou o produto junto ao Terminal Marítimo Luiz Fogliatto, de propriedade da TERGASA, instalado no Super Porto de Rio Grande. Em contrapartida esta sendo carregado com 2.100 toneladas de fertilizantes, que será transportado até o Terminal de Uso Privado (TUP) da empresa MITA, no rio Jacuí. A realização de uma viagem em que nos dois sentido a embarcação consegue carga é um exemplo da boa utilização da hidrovia. É um exemplo de como nós podemos economizar recursos que nos são tão caros, e que são finitos, como o petróleo o é. Se os países europeus se valem da hidrovia como meio de transporte de forma maciça, e eles possuem uma malha hídrica muito menor do que a nossa, porque nós não podemos seguir este exemplo. Tirando proveito deste benefício que a natureza nos forneceu de forma gratuita. Se por acaso for necessário fazermos algum investimento, certamente este é infinitamente menor do que o utilizado para pavimentar um trecho muito menor de rodovia. Basta ver o quanto custa um quilômetro de rodovia em terreno plano e comparar com os valores gastos no ano de 2011 em dragagem da nossa hidrovia. Quando isto acontece, nós vemos que os recursos possuem relação inversamente opostas na relação custo benefício. Devemos em vista disso, aproveitar o momento para repensarmos nossa realidade. Pois somente assim é que vamos trilhar o caminho de um mundo melhor, mais harmônico e sustentável.
Foto: Carlos Oliveira

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