“Ipirol” transporta óleo de soja para Rio Grande.

Encontra-se em Rio Grande a chata tanque “Ipirol”, de propriedade da Navegação Amandio Rocha. A embarcação que foi concebida para ser um graneleiro sendo construída entre os anos de 1903 – 1904. Sofreu modificação no ano de 1986, ocasião em que foi transformada em uma embarcação tanque. Atualmente ela transporta óleo de soja entre o terminal da empresa Bianchini, localizado as margens do rio dos Sinos, no município de Canoas, e seu terminal marítimo instalado no Super Porto de Rio Grande.

Nesta viagem o “Ipirol” esta transportando 874,22 toneladas de óleo de soja. A embarcação é uma representante do período de ouro da navegação fluvial e lacustre de nosso Estado. Medindo 56 metros de comprimento e possuindo 8 metros de largura, ela cala apenas 3 metros de profundidade. Fato que lhe possibilita navegar em águas extremamente rasas. Atingindo muitos dos nossos cursos d’água, mesmo nos períodos de estiagem. Suas pequenas dimensões revelam o perfil da navegação no início do século passado. No qual os rios eram nossas únicas estradas, capazes de escoar a produção de forma eficiente. Mesmo assim, ela mostra seu valor comercial, já que o volume nela transporta supera ao de 29 caminhões com capacidade para 30 toneladas cada. Tê-la com exemplo e inspiração é necessário para quem quer ver a hidrovia funcionando novamente. Pois nos dias de hoje, muito mais do que calado, os projetos tem de levar em conta os obstáculos existentes, como eclusas antigas e com limitações em suas dimensões; pontes extremamente baixas, que impedem a passagem de embarcações; e finalmente os rios assoreados e com baixo nível, devido as persistentes estiagens que nos têm atingido nos últimos anos.

Tanto as empresa Bianchini, quanto a Navegação Amandio Rocha, são exemplos de como a iniciativa privada trabalha em prol do nosso fortalecimento econômico. E mesmo lutando contra todas as adversidades, persistem na utilização da hidrovia, pois sabem que ela é o melhor modo de se transportar produtos e mercadorias.

Foto: Carlos Oliveira