MUITO MAIS DO QUE UMA QUESTÃO DE ECONOMIA.

Em quase todos os textos aqui vinculados faço referência ao fato da navegação ser mais econômica do que o transporte rodoviário e ferroviário. Este é segundo o parecer de todos os entendidos no assunto uma realidade. No entanto nem sempre é possível ao leitor compreender esta relação. É muito difícil visualizar os tamanhos, as dimensões e as capacidades. Por este motivo aproveito a oportunidade para mostrar a fotografia e comentá-la com os leitores.

Nela nós vemos a barcaça-tanque “Guaíba”. Que partiu no meio da manhã de terça-feira (22/JUL) do terminal Niterói, de Canoas para Rio Grande. Em seus tanques ela estava transportando 3.500 toneladas de combustível pesado, do tipo A1. Por uma feliz coincidência, um caminhão de combustível passou próximo a ela. Possibilitando que esta fotografia pudesse ser feita. Este caminhão-tanque, que presta serviço para a empresa de petróleo Ipiranga. É o típico caminhão que nós vemos no nosso dia-a-dia. Eles transportam em média 30 mil litros de combustível. Sendo que o litro da gasolina pesa entre 0,72 e 0,775 Kg, a 15°C. Ou seja, um caminhão-tanque transporta algo em torno de 23,250 toneladas por viagem. Desta forma para transportar o mesmo volume que a barcaça-tanque “Guaíba” esta carregando seriam necessários mais de 150 caminhões. Este é um número significativo. Se considerarmos o consumo de cada um destes veículos e a carga de monoxó de carbono que eles emitem (poluição). Nós começamos a ter uma noção mais precisa do que é esta realidade que os estudiosos do assunto tanto falam. E do porque da veracidade de suas afirmações. Agora se agregarmos ao cálculo o fato de existiram 05 (cinco) pedágios no percurso de ida de Canoas para Rio Grande e 04 (quatro) no percurso de volta. O valor dos gastos para realizar a mesma viagem se elevam significativamente.

Prezado leitor. Fiz questão de apresentar estes dados para chamar a atenção para o fato que venho a tanto tempo tratando. Que é a questão de sermos mais racionais e trabalharmos de forma eficiente em prol de nosso bem-estar comum. É por este motivo que eu convido a todos a conversarem sobre o assunto com os seus amigos, familiares e colegas de trabalho. Pois muitas das dificuldades que nós vivemos e sentimos as vezes não tem sua causa identificada de maneira clara e precisa. Do meu ponto de vista nós temos e devemos mudar o nosso modo de agir e pensar. E isto inclui inserirmos a navegação na rotina do transporte de nossa produção. Certamente ao fazermos isto teremos um futuro melhor. Um Rio Grande do Sul mais forte. Atingindo um estado de bem-estar mais amplo para todos os seus habitantes. Pensem nisso e se unam a mim nesta luta.

Muito Obrigado!

Vanderlan Vasconselos

Foto: Carlos Oliveira