segunda-feira, 5 de maio de 2014

Partiu vazio de Porto Alegre o navio mercante “Just Fitz III”.

Partiu vazio do cais Navegantes, do Porto de porto Alegre, na manhã de sexta-feira (18/ABR) o navio mercante “Just Fitz III”. Este fato ocorreu após as 08 horas da manhã. Quando o navio recebeu a bordo o prático da lagoa dos Patos que o conduziria com segurança até o porto de Rio Grande. Lá um prático da Barra concluirá a condução do navio para fora da barra. Onde finalmente ele poderá seguir para o proto de San Lorenzo, na Argentina. Para ser carregado com a produção agrícola deste país.

Com relação a sua passagem por Porto Alegre dois fatos merecem comentário. Primeiro o encalhe do navio. Demonstrando a precariedade de nossa sinalização náutica. Onde o Estado, não só não assume a tarefa que lhe cabe. Como também não admite sua incapacidade para gerir a sinalização. E ao invés de fazer uma analise realista da situação anuncia projetos de porte muito maiores e mais complexos. Que dificilmente terá capacidade técnica e humana para gerenciar, quanto mais executar. Este é o caso da hidrovia do MERCOSUL. Que se for entregue aos cuidados do governo do Estado do Rio Grande do sul, ai sim não sairá.

O segundo fato marcante não é novidade. É a nossa incapacidade de coordenar ou articular o embarque de mercadorias nos navios mercante do tipo graneleiro que aqui aportam. Este fato só é quebrado pela iniciativa privada da Agência Marítima Orion. Que possui conhecimento e experiência suficientes para realizar embarques de carga de peso. Numa ação cujo crédito é todo dela. Pois o porto não participa de nada.

Mudar estas duas situações é fundamental para que se possa dar nova vida ao nosso porto. E isto passa pela avaliação sincera de parte o governo. Que não vê, nem admite suas limitações. Vivendo num mundo de faz de contas. Distante da realidade e do mundo competitivo deste início de século.

Pensem nisso. Pois o problema não é só com o porto. Ele também se manifesta na educação, na saúde, na segurança pública apenas para citar três exemplos.

Fotos: Carlos Oliveira

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