O navio mercante “Araya” partiu vazio no início da tarde de segunda-feira (12/MAI) do cais Navegantes do porto de Porto Alegre. Como todos os demais navios graneleiros que aqui aportam, em seus porões ele nada levou. Já que o porto de capital do Estado não possui capacidade de embarcar nada neste tipo de navio. Embora possua estrutura para armazenamento de grãos. Seja nos silos da Companhia Estadual de Silos e Armazéns – CESA, ou no terminal graneleiro SPH, do próprio porto. Que no passado foi utilizado com pleno êxito pela empresa SAMRIG e posteriormente pela multinacional BUNGE.
A incapacidade do Estado em garantir a manutenção de seus equipamentos. De realizar um planejamento estratégico eficiente e eficaz é cada vez mais evidente. Tanto é que o Estado acabou por abandonar o porto a sua própria sorte. Decretando sua deterioração. E priorizando apenas Rio Grande como porto realmente importante para os seus interesses políticos e econômicos. E mesmo assim, em Rio Grande, o forte da capacidade operativa esta nas mãos da iniciativa privada. Já que o porto público em si, também é limitadíssimo em sua capacidade operativa.
Por que isto acontece? Como isto acontece? São perguntas simples, mas que incomodam muito aos nossos governantes. É por este simples motivo que convido o leitor a debater este assunto. Pois isto é um tema importantíssimo para o nosso estado. Do qual os benefícios não são restritos. Pois podem mudar toda a nossa dinâmica econômica. Para melhor ou para pior. Isto só depende do quanto o nosso governo vai ou não valorizar a atividade portuária em suas políticas públicas de investimento.
Pensem nisso!
Vanderlan Vasconselos
Foto: Carlos Oliveira
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