O navio mercante “CMB Liliane” de bandeira de Hong Kong, e que havia chagado ao Porto de Porto Alegre no final da manhã de sábado (08/JUN), partiu vazio na manhã de quinta-feira (13/JUN). A princípio sua partida deveria ter ocorrido no dia anterior. Porém devido ao forte nevoeiro esta operação foi adiada, obrigando a permanência do navio por um dia a mais do que o necessário.
Após desatracar do cais Navegantes, o “CMB Liliane” partiu navegando a velocidade reduzida. A fim de possibilitar o seu cruzamento com o “Newseas Pearl” em uma área de canal natural que fica entre o canal do “Cristal” e a ponta do Gasômetro. E que pelas suas condições, é mais espaçoso do que os canais artificiais que só possuem 80 metros de largura. Até ai não existe nenhuma novidade. Pois este não foi o primeiro nem será o último navio graneleiro que aqui aporta e parte vazio. A questão é que o “CMB Liliane” possui como próximo porto de destino o de Rio Grande. Aonde deverá ser carregado com 30.000 toneladas de farelo de soja. Produto este produzido no município de Canoas pela Bianchini S/A Indústria, Comércio e Agricultura. E que normalmente é transportado para o porto de Rio Grande. Aonde é embarcado pelo Terminal Marítimo Luiz Fogliatto.
A pergunta que devemos fazer é o porquê o Porto Organizado de Porto Alegre, não consegue embarcar nenhuma carga junto aos navios graneleiros que aqui aportam? Se o “CMB Liliane” chegou com 7.700 toneladas de uréia, é de se imaginar que ele poderia, no mínimo, embarcar um volume semelhante antes de partir. No entanto, isto não ocorre. Pois falta ao nosso porto, no mínimo, investimentos em equipamentos e pessoal. Não estou falando, de vontade política e competência para reverter esta situação. Embora isto também componha o contexto do problema.
Como o leitor pode ver. Este texto esta por apresentar uma realidade que precisa ser pensada e repensada. Trabalhada de forma séria. Pois ela revela muito da nossa forma interna de agir e pensar. Apresenta as nossas deficiências. Que devem, necessariamente, serem enfrentadas. Se quisermos mudar o nosso futuro. Transformando o Rio Grande do Sul num estado mais dinâmico. Com a capacidade de atrair novos investimentos, e de recuperar o seu antigo prestígio.
Pensem nisso!
Fotos: Carlos Oliveira
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