Necessidade de fortalecer o setor, cujo volume transportado é cada vez menor assim como a distância percorrida. No percurso Estrela – Rio Grande, de 440 Km apenas 13.913 toneladas foram transportadas, somando-se os dois sentidos, no ano de 2011. E no ano de 2012 nada foi assinalado pela ANTAQ. No percurso de 328 Km entre Triunfo – Rio Grande o fluxo de carga petroquímica, nos dois sentidos, esta estabilizado na casa das 128 mil toneladas entre 2011 e 2012. Se pensarmos que o fluxo de combustível, nos dois sentidos, entre Canoas - Rio Grande, distante 310 Km, é da casa de 350.225 toneladas em 2011 e 474.726 toneladas no ano de 2012.
No tocante ao transporte de fertilizantes, o Porto de Porto Alegre recebeu 751.966 toneladas de fertilizantes em 2011 e 908.022 toneladas em 2012. Tendo embarques considerados nulos devido sua incapacidade de executá-los. Já os terminais de Canoas, conseguiram embarcar soja e farelo de soja para Rio Grande em tonelagem 1.087.564 no ano de 2011 e 658.287 toneladas em 2012. Prejudicados muito mais pelo assoreamento do curto percurso do rio Gravataí, no qual os terminais estão localizados.
O porto público de Pelotas não possui nenhuma atividade. E o de Rio Grande é, assim como o de Porto Alegre basicamente recebedor. Os embarques estão a cargo dos terminais privados. Muito mais dinâmicos e melhor equipados. Mas, nem por isto, sem problemas.
Os principais fatores que dificultam a atividade portuária são:
1º. Sucateamento dos equipamentos nos portos públicos (guindastes, esteiras, armazéns);
2º. Assoreamento e má sinalização dos canais de navegação;
3º. Canais de navegação entre Rio Grande e Porto Alegre estreito e com traçado antigo. Próprio para navios menores, do tipo barcaças e chatas (comprimento e largura), mas impróprios para os grandes que realizam navegação de longo-curso. Nossos canais artificiais possuem largura padrão de 80 metros, enquanto este tipo de navio chega a ter mais de 32 metros de largura. O cruzamento entre eles é sempre perigoso e problemático.
4º. Demais vias de navegação, fora do eixo Rio Grande-Pelotas-Porto Alegre sem nenhuma sinalização ou Carta Náutica oficial, impressa pela Marinha do Brasil;
5º. Incapacidade técnica da Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH, autarquia responsável, de realizar estudos ou os trabalhos pertinentes ao tema. Pois seus quadros além de reduzidos não atendem a demanda técnica.
6º. Incapacidade física da SPH de realizar as obras necessárias, por falta de equipamento.
As principais alternativas para solucioná-los são:
1º. Criar linha de crédito para financiar a modernização dos terminais privados.
2º. Contratar empresas realmente capacitadas para realizar dragagem, sinalização e serviço de cartografia.
3º. Realizar concurso público para preencher os cargos necessários junto as duas autarquias existentes.
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