A Marinha do Brasil, por meio do Comando do 5° Distrito naval, com sede em Rio Grande, enviou para Porto Alegre as primeiras embarcações que vão atuar durante a Copa do Mundo de Futebol.
Destes meios, a corveta “Imperial Marinheiro” foi a primeira embarcação a chegar, por volta das 11 horas da manhã. A corveta que é subordinada ao Grupamento de Patrulha Naval do Sul esta fazendo 59 anos de incorporação na Marinha do Brasil. E possui como principal característica ser um navio forte e robusto. Capaz de enfrentar as condições mais adversas de mar. Motivo pelo qual ela é o principal meio empregado nas operações de busca e salvamento nas águas do Sul do Brasil.
No turno da tarde chegaram mais quatro lanchas da Marinha. Das quais três são subordinadas a Capitania dos Portos do Rio Grande do Sul – CPRS, e uma ao Serviço de Sinalização Náutica do Sul – SSN-05.
A lancha-balizadora “Rigel” é fruto do projeto da empresa holandesa Damen, tendo sido construída pelo estaleiro Wilson Sons, da cidade do Guarujá, no estado de São Paulo. Ela faz parte de um lote de dez (10) embarcações construídas para a Marinha do Brasil. E entregues entre os anos de 1996 e 1997. Possui 19,8 metros de comprimento e 6,24 metros de largura. Esta equipada com um guindaste com capacidade para até 7 toneladas, o que lhe habilita a executar serviço de instalação e manutenção em boias. É equipada com cozinha, banheiro e dormitório. Sendo sua tripulação é composta por seis (06) tripulantes.
Das duas lanchas da Capitania dos Portos, que aqui se encontram. A lancha “Carpa” foi construída pelo Estaleiro Itajaí, de Santa Catarina. Ela faz parte de um programa da marinha do Brasil que visou dotar suas Capitanias, Delegacias e Agências com embarcações leves para o emprego no patrulhamento e no ensino profissional marítimo. Ela é fruto do projeto da empresa de engenharia naval canadense Robert Allan Ltd. Faz parte de um lote de nove (09) lanchas com 11 metros de comprimento, possui 3,56 metros de largura e alcança até 30 nós de velocidade. Sendo sua tripulação é composta por 4 tripulantes.
A segunda lancha da Capitania dos Portos não foi identificada. E assim que isto ocorrer trarei as sua características básicas para o conhecimento do leitor.
E finalmente a terceira e ultima lancha enviada é a “Miraguaia”. Um projeto realizado para a Marinha dos Estados Unidos que atuou na guerra do Vietnã. Assim como as demais lanchas ela também é toda feita em alumínio. Sua classificação na marinha norte-americana é de Patrol Craft Fast – PFC (Barco de Patrulha Rápido) e serviu inicialmente para patrulhamento costeiro e posteriormente também em missões fluviais. Seu comprimento é de 15 metros e sua largura chega aos 4 metros; sua velocidade máxima é de 25 nós.
A missão de todas estas embarcações aqui presentes será a de exercer o controle e a fiscalização da área do lago Guaíba, próxima ao Estádio Beira Rio. Numa operação de segurança que envolve não só a Marinha do Brasil, mas também o Exército Brasileiro, a Força Aérea Brasileira, a Polícia Federal e as polícias civil e militar.
NOTA: Partes das informações aqui vinculadas foram colhidas da obra “A construção Naval militar Brasileira no Século XX”, de autoria do engenheiro naval Eduardo Gomes Câmara, publicado no ano de 2011. Do qual recomendo a leitura por ser um trabalho de referência na área.
Fotos: Carlos Oliveira
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