O fato ocorreu após sua partida do cais Navegantes, em operação de desatracação iniciada às 13:30. No momento em que ocorreu a colisão a manobra com os rebocadores que prestam serviço ao porto já havia sido encerada. E o navio navegava por conta própria. Segundo foi averiguado, o “BBC Tasmania” mudou de rumo bruscamente. Indo em direção do cais.
E em uma manobra muito rápida, foi lançado à água duas de suas ancoras. No intuito de reduzir sua velocidade de parar o navio. Esta manobra, que demonstra a habilidade e o treinamento da tripulação, obteve o efeito de reduzir a velocidade do navio. Mas não o suficiente para pará-lo antes de se chocar junto a parede de concreto do porto.
Os danos observados foram relativamente pequenos, atingindo basicamente a estrutura do “bulbo”. Que é uma saliência metálica que se prolonga da proa abaixo da linha da água para a frente do navio. Reduzindo a resistência da água e facilitando o deslocamento do navio. Em águas com a presença de gelo, também contribui para a quebra do mesmo.
Após a colisão o “BBC Tasmania” deu marcha a ré e fundeou na área “Bravo” do porto de Porto Alegre, que fica exatamente em frente ao cais Mauá. Entre o pórtico de entrado e a Usina do Gasômetro. Por determinação da Delegacia da Capitania dos Portos em Porto Alegre, o navio ficou retido para que pudesse sofrer uma vistoria. Por uma equipe que se fez presente ainda na tarde de terça-feira. Já na manhã de quarta-feira (10) o navio recebeu um grupo de vistoria da empresa seguradora. Que examinou os danos causados junto ao cais antes de se dirigir ao navio.
Da parte da Marinha do Brasil o procedimento a ser tomado consiste na abertura de um inquérito para apurar as causas do acidente. Com a coleta do depoimento das partes envolvidas e o relatório oriundo da vistoria. Com base nos dados levantados, a documentação será enviada ao Tribunal Marítimo, localizado no Rio de Janeiro e que se manifestará. Determinando as responsabilidades e indicando os procedimentos que deverão ser adotados para corrigir eventuais falhas constatadas.
A liberação do navio para seguir sua viagem, esta condicionada a coleta dos respectivos depoimentos. E ao resultado da avaliação técnica das condições de segurança do navio.
Fotos: Carlos Oliveira
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