Navio mercante “Crimson Majesty” parte vazio de Porto Alegre.
Após a forte chuva que caiu sobre a capital do estado ter atrasado o trabalho de descarga do navio mercante “Crimson Majesty
”, o mesmo finalmente partiu no meio da manhã de sexta-feira (27/FEV). Sua desatracação do cais Navegantes ocorreu às 09:27. E contou com o apoio dos rebocadores na navegação Amandio Rocha – NAR para realizar o giro e poder seguir seu rumo em direção da cidade de Rio Grande, nossa porta de acesso para o mar.
Como todos os demais navios graneleiros que aqui aportam. Seus porões partiram vazios. Tendo em vista a falta de condições de nosso porto de realizar qualquer tipo de operação de carregamento de um navio deste porte. Além do mais, até para as operações de descarregamento nossa capacidade é limitada. Já que dois dos três guindastes existentes no cais navegantes, somente um possui condições de trabalho. E mesmo assim limitadas. Isto quer dizer que os navios para aqui descarregarem têm de possui guindaste próprio. Do contrário nada feito.
Uma da causas para esta situação ocorrer é a falta de uma política séria e eficiente para a administração dos nossos portos. Este fato nos remete a falta de cultura neste sentido. Fato que não ocorre somente no meio político, mas também dentro da própria autarquia responsável pela administração do porto de Porto Alegre, a Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH.
Em 2011, quando os três guindastes foram interditados. Os mesmos não possuíam nenhum plano de manutenção preventiva. Sua situação era extremamente calamitosa. E isto que o porto possuía um engenheiro mecânico em seus quadros. Neste ano foi providenciado uma reforma geral de um dos guindastes. Obra executada no ano seguinte. No entanto a cultura prevaleceu. E ao que tudo indica até este guindaste foi novamente interditado por falta de manutenção após sua reforma ter sido concluída. A manutenção é um fato que deveria ser uma rotina. No entanto ela não existiu segundo as normas técnicas vigentes. O segundo guindaste deveria ser reformado no ano seguinte. Ao menos o processo visando garantir este fato deveria ter sido providenciado. No entanto até o presente momento, isto é fevereiro de 2015, nada foi feito.
Como podemos ver. Insistir na manutenção da administração dos portos interiores sob o controle do Estado é algo insustentável. Uma contradição diante de tamanha ineficiência. E em nada contribui para o nosso progresso econômico. Muito pelo contrário. É a garantia de que vamos continuar perdendo espaço no cenário nacional. Andando para trás e pagando uma conta extremamente cara para o contribuinte gaúcho.
Pensem nisso, pois como esta não pode ficar.
Muito Obrigado!
Vanderlan Vasconselos
Foto: Carlos Oliveira
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