Navio mercante “KP Albatross” parte vazio de Porto Alegre.
O navio mercante “KP Albatross” partiu vazio do cais Navegantes, do porto de Porto Alegre, às 08:27 da manhã de sábado (21/MAR). E com sua partida duas das principais deficiências relacionadas a administração de nossos portos interiores foram muito bem evidenciadas.
A primeira diz respeito ao fato do navio ter saído vazio. Motivada basicamente pela falta de visão estratégica sobre a importância de se ter um porto plenamente capacitado para exercer sua atividade fim. Por esta incapacidade nosso porto esta basicamente realizando o recebimento de cargas a granel. E isto porque conta com o apoio dos guindastes de bordo dos navios graneleiros que aqui aportam. Pois se dependesse de seus equipamentos próprios nem isto conseguiria fazer.
A segunda deficiência esta relacionada as limitações de nossos canais artificiais. Que são estreitos e sinuosos. Não estando mais em condições de atender a demanda dos navios de grande porte que por aqui ainda trafegam. Por este motivo os navios são obrigados a navegarem a baixa velocidade e programarem o local aonde vão realizar o seu cruzamento. Para não correrem o risco de causar um acidente de navegação.
No texto anterior, fiz referência a manobra que envolveu o cruzamento do navio mercante “KP Albatross” com o navio-tanque “Zeugman”. Pois saiba, que na sequencia o “KP Albatross” se cruzou com o navio mercante “CMB Eduard” que estava chegando a Porto Alegre. Esta manobra foi programada para ocorrer na área de canal natural existente entre os canais do Cristal e Pedras Brancas. Próximo ao antigo Estaleiro Só.
Diante desta realidade cabe levantar o seguinte questionamento:
Até quando nos vamos tapar o Sol com a peneira, na questão da administração de nossos portos interiores?
Temos de pensar esta questão, pois dela dependa boa parte da dinâmica de nossa economia. E enquanto ela for ignorada pelo meio político e pela população, nossa economia ficará refém desta deficiência logística. Pensem nisso.
Muito Obrigado!
Vanderlan vascoselos
Fotos: Carlos Oliveira
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