Partiu do cais Navegantes, do porto de Porto Alegre, às 08:15 da manhã de quinta-feira (12/MAR), o navio mercante “Daria”. Como todos os demais navios graneleiros ele partiu com seus porões totalmente vazios. Tendo em vista a falta de capacidade de nosso porto de carregar navios deste tipo. O que é uma verdadeira catástrofe para a nossa economia. Já que a cada navio que parte se desperdiça uma oportunidade de embarcarmos parte de nossa safra agrícola a um custo bem menor. Também perdemos a oportunidade de gerarmos emprego e renda. Pois sem demanda, não há como abrir novas vagas para os trabalhadores avulsos no porto. E com isto toda a nossa economia desacelera sua dinâmica. Criando um circulo vicioso danoso ao nosso bem-estar.
Tudo isto é causado pela falta de capacidade financeira e de planejamento de quem administra o porto de Porto Alegre. No caso, o Estado, por intermédio da Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH. Que não consegue administrar de forma eficiente a concessão que conseguiu. Travando o nosso desenvolvimento econômico. Admitir este fato é muito importante para quem quer ver esta situação modificada. Pois o passo seguinte será o da devolução da concessão à União. Resultando concomitantemente numa economia de recursos para o estado e a segurança de que a União irá buscar um novo parceiro investidor para o porto. Investidor este comprometido com o investimento e a melhoria do mesmo. Pois disso dependerá o seu sucesso econômico e financeiro.
Enquanto isto não ocorrer, o que teremos é isto. Navios partindo com seus porões vazios. Tendo de navegar por canais estreitos e sinuosos. Fato que o obriga a fazer manobras como a aqui documentada. No qual o navio é obrigado a sincronizar a sua velocidade de navegação. Para poder realizar o cruzamento com outros navios fora dos canais artificiais. E com isto obter um pouco mais de segurança e espaço.
Defender a devolução de nossos portos interiores à União é defender a possibilidade de retomada de nosso crescimento econômico e social. E é para isto que eu convido os leitores a refletirem.
Muito Obrigado!
Vanderlan Vasconselos
Fotos: Carlos Oliveira
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