segunda-feira, 9 de julho de 2012
D & F Logística trás navio mercante “Merganser”.
Por intermédio da operadora portuária D&F Logística, chegou na manhã desta segunda-feira (09) o navio mercante cipriota “Merganser”. A embarcação cujo comprimento total é de 177,4 metros e possui largura máxima de 28,2 metros pertence ao armador Grante Mare Navigation.
Sua viagem iniciou-se no porto indonésio de Bontang. E antes de chegar a capital do Estado fez uma escala no porto de Rio Grande. Lá a mesma chegou no dia 14/6 ocasião em que fundeou fora da barra a espera de vaga para descarregar no terminal da empresa Yara. Sua atracação veio a ocorrer no dia 29/6, às 9:15 para descarregar 23.406 toneladas de ureia. Após concluída a operação o “Merganser” foi para o Porto Novo (RG) com a finalidade de descarregar mais 6 mil toneladas de ureia. Este fato ocorreu às 23 horas do dia 01/07. Agora ele chega a Porto Alegre onde deve descarregar cerca de 8.200 toneladas de ureia.
Como já comentamos anteriormente a espera dos navios para poderem descarregar em nossos portos são uma das causas do encarecimento os produtos por eles transportados. Seja no embarque como no desembarque. Este encarecimento recebe o nome de custo Brasil. E é o maior dos desafios que temos de combater, pois quando enviamos nossa produção, este custo a mais a torna menos competitiva no mercado externo. Comprometendo todo o trabalho desenvolvido pelo setor produtivo. Já quando nós importamos produtos ou matérias-primas o encarecimento recai sobre o consumidor brasileiro. Investir nos portos é a chave para solucionar este problema. Que também existe no porto de Rio Grande e no de Porto Alegre, se bem que em menor escala.
No caso específico do porto da capital, que é divulgado como sendo o maior porto fluvial do Brasil. Com mais de 8 quilômetros de extensão, mas que na realidade não opera com mais de três navios de médio porte concomitantemente. E que só possui dois guindastes capazes de atender a demanda dos navios que não dispõe deste equipamento. A necessidade de investimento é fundamental para torná-lo comercialmente viável. Do contrário corremos o sério risco de comprometê-lo ainda mais, naquele que é seu objetivo fim, de servir como porto. E que nos foi dado, por concessão do Governo Federal a autorização para explorá-lo em seu nome.
Embora este comentário possa parecer crítico por demais, ele é verdadeiro. E não podemos nos enganar, nem aos nossos governantes. Pois quem perde é o Estado do Rio Grande do Sul. Que deixa de produzir riquezas e de gerar empregos.
Fotos: Carlos Oliveira
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