sábado, 27 de abril de 2013

Navio mercante “Mazury” parte vazio de Porto Alegre.


Mais uma vez um navio mercante que aqui chega carregado de fertilizantes ao partir o faz vazio. Desta vez foi o caso do navio mercante “Mazury”. Que havia atracado no domingo (21) com um carregamento de 10.200 tonelada de super fosfato simples – SSP e super fosfato triplo – TSP.

Sua partida ocorreu por volta das 11:30, quando os rebocadores que prestam serviço no porto começaram a puxá-lo para fora da linha do cais Navegantes. Logo em seguida, iniciou-se a manobra de giro do navio. Que pelas normas de segurança internacionais, adotadas pela Marinha do Brasil e válidas para todos os portos brasileiros, não deveria ocorrer. Já que o navio mercante “Mazury” possui 190 metros de comprimento e uma boca (largura máxima) de 28 metros, e no local a largura máxima para evolução de navios é de 350 metros. Considerando as normas de segurança, para que a operação possa ocorrer sem risco é exigido o dobro do comprimento do navio mais sua largura como espaço mínimo necessário. Neste caso, mais uma vez, ficou nítida a exposição ao risco de um acidente. Infelizmente a cultura profissional ainda não chegou de corpo e alma as nossas autoridades portuárias. E talvez seja esta uma das explicações do porque o Brasil como um todo não avança e se desenvolve. Temos de ter plena consciência de que normas são para serem cumpridas. E que a cultura do “jeitinho”, não é uma postura profissional. É este diferença de pensamento que os afasta dos outros países de primeira linha. E que por serem profissionais conseguem fazer muito mais com muito menos dinheiro. Pensar esta realidade é pensar o nosso futuro. Insistirmos nos nossos velhos hábitos é ficarmos presos a um passado. Cada vez mais distante do tempo atual, dinâmico e competitivo.



Talvez esta resistência em nos profissionalizarmos, explique a situação de abandono pelo qual o nosso Porto de Porto Alegre passou nas últimas décadas. Pois afinal de contas, perdemos cargas e operações, uma a uma. Sem nos darmos conta de onde estava o erro.

Pensem nisso!
 Fotos: Carlos Oliveira




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