terça-feira, 2 de agosto de 2011

Olívio Dutra visita SPH e afirma que
29/07/2011 19:34:51

O ex-governador do Estado Olívio Dutra fez uma visita à Superintendencia de Portos e hidrovias no começo da tarde de quarta-feira, 27, após o almoço de lançamento da Expointer, realizado no Cais Mauá. Ele foi recebido pelo Superintendente de Portos e Hidrovias, Vanderlan Vasconselos, diretor de Portos Silvio David e diretor Administrativo Financeiro Paulo Argeu.

Durante a conversa, Olívio rememorou uma série de feitos desenvolvidos durante sua administração e da maneira em que a realidade das hidrovias e portos foi discutida na época. O desejo de reativar o transporte de passageiros pela hidrovia e a situação especial dos moradores da Ilha da Pintada que, para chegarem ao Centro da Capital cidade tem de passar pelo município de Eldorado do Sul, foram algumas das abordagens mais fortes do ex-governador.

Olívio destacou que o RS não aproveita a potencialidade de seus recursos hídricos. Para ele o Estado é o detentor do maior potencial hidroviário do País e não há investimentos, nem mesmo aproveitamento real. "O Estado surgiu por conta de sua malha hidroviária, dos rios. É um potencial que tem de ser potencializado muito mais do que tem sido no decorrer da história. No nosso governo, através de nossa Secretaria de Transporte, o companheiro Beto Albuquerque, procuramos recuperar o que temos”, afirmou. Estabelecer novas relações com os usuários da hidrovia, uma vez que essas concessões são públicas, e investir dinheiro público particularmente nas dragagens em Porto Alegre e Rio Grande deveriam fazer parte dos projetos de governo sempre, segundo o ex-governador.

ATIVIDADE ECONÔMICA
Olívio destacou ainda que a idéia de Porto como sua atividade econômica expressiva não pode se perder em detrimento a outras propostas, com a possibilidade de aqui, chegarem barcos de transporte com produtos e também a possibilidade de transporte de pessoas. “Porto Alegre é uma das poucas cidades no Brasil, que tem um porto fluvial da magnitude que temos. No entanto nós não estamos dando toda a importância, ou não estamos desencadeando, todas as potencialidades que esta referência estratégica que Porto Alegre tem para a geração de renda, emprego e desenvolvimento”, disse.

A articulação da capital gaúcha com outras regiões do Brasil, do mundo e da América Latina disponibilizando o porto para atividades recreativa, cultural, enfim comercial, segundo Olívio deve ser considerada, mas sem que ela se sobressaia ao objetivo inicial do Porto como navegação e transporte de produtos. “Acredito que é uma boa idéia, mas jamais deve se contrapor a idéia do porto como porto, com atividades portuárias. Lembro bem dos esforços que fizemos, na ocasião em que estávamos no governo", disse.

TRABALHO – Olívio afirmou que tem acompanhado o trabalho desenvolvido pela atual gestão da SPH e destacou a maneira como atual superintendente tem conduzido a administração da autarquia. “Que bom que temos esta direção com o Vanderlan e esta equipe que esta ai. E que possamos, dentro do governo, fazer uma boa radiografia das potencialidades, de quem cuida das atividades portuárias, das relações que têm”, disse. Ele destacou que o RS tem em Porto Alegre, Triunfo, Pelotas, Rio Grande, Lajeado, Estrela e Cachoeira um potencial de porto e hidrovias ímpar. “Precisamos trabalhar, não só o aproveitamento deste espaço cultural recreativo, que tem algum potencial, mas devemos discutir a oportunidade de qualificar o transporte das pessoas através da hidrovia, não dependendo apenas do ônibus”, disse.

Para o ex-governador, esta é também, uma relação do Porto. “É uma situação a ser discutida dentro do governo e das várias secretarias e com a participação dos prestadores de serviço, os concessionários e o grupo privado. Tem de ficar claro o interesse público”, disse.

POTENCIAL SUBUTILIZADO
"Hidrovia para nós é uma questão estratégica. Temos um potencial enorme que esta sendo subutilizado”, afirmou Olívio. "O Rio Grande do Sul, com o tamanho do seu território, é o Estado com a maior reserva hidrográfica do país. Não é a Amazônia, como muitos acreditam. Em proporção, o sistema de rios, lagoas, lagunas, o Rio Grande do Sul é o de maior reservas hidrográficas do país. E no entanto nós estamos tendo um desperdício enorme”. Olívio explica que o estado detem toda essa riqueza e os investimento são muito altos na rodovia. “O que se percebe é que os investimentos rodoviários não são suficientes na medida em que se esta transportando milhares de toneladas que poderiam ser levadas por hidrovias. As rodovias não possuem estrutura para suportar este peso de cargas crescentes, por isso a importância de se investir nas nas hidrovias, como também nas ferrovias. A intermodalidade hidrovia-ferrovia-rodovia. É uma questão seríssima e precisa ser levada adiante"

FONTE:http://www.sph.rs.gov.br/sph_2006/content/noticias/noticias_detalhe.php?noticiaid=655

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