sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Força Tarefa discute limpeza dos navios paraguaios
03/08/2011 17:55:51

Na tarde de terça-feira (02) ocorreu na sede da SPH reunião para discutir a operação de limpeza dos navios paraguaios que se encontram atracados no porto de Porto Alegre. Estiveram presentes Paulo Jardim e Patrícia Dalla’aqua da Procuradoria Geral do Estado, André Luiz Milanez da Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente – FEPAM, Capitão-tenente César Melo e tecnólogo Gustavo Dal Ponte da Delegacia da Capitania dos Portos em Porto Alegre, representando a Marinha do Brasil, Antonio Lanfredi, Julio César Vasem e José Leandro de Lima da Petrobras, e diretor Superintendente Vanderlan Vasconselos, diretor de Portos Silvio David e a coordenadora de assessoria da SPH, a advogada, Viviane Pacheco.

Inicialmente o diretor Superintendente de Portos e Hidrovias, Vanderlan Vasconselos, agradeceu a presença de todas as instituições e expôs a necessidade, por parte da SPH, da colaboração de todos os entes públicos ali presentes. Ele explicou que este empenho, será fundamental para o sucesso da operação de limpeza dos navios paraguaios. Que deve ser realizada não só por interesse próprio da instituição, mas por determinação oriunda de ação civil pública, promovida pelo Ministério Público Federal, que tem como réu, o Estado do Rio Grande do Sul.

De parte da Petrobras foram expostos os resultados preliminares da análise que está sendo realizada nas amostras de mistura oleosa, coletada no interior das praças de máquinas das duas embarcações. Com base nestes resultados a estatal enviou as amostras para um laboratório particular, capacitado para analisar com maior precisão o material coletado. Também foi manifestada a necessidade de coletar mais amostrar, capazes de revelar com maior precisão se há ou não homogeneidade na mistura encontrada no interior das duas embarcações. Somente após esta certeza, é que será possível definir se o material pode ou não ser tratado no interior da Refinaria Alberto Pasqualine – REFAP. A medida se dá pelo fato de a estação de tratamento de efluentes possuir, como característica específica, a utilização de um processo biológico no tratamento de seus resíduos, o que impede a entrada de resíduos que possam afetar sua eficiência, consequentemente comprometer toda a dinâmica de funcionamento da REFAP. Também foi manifestada a necessidade de garantir a segurança das pessoas que forem trabalhar no local, tendo em vista as condições atuais no interior das embarcações.

A FEPAM relatou as particularidades da operação realizada ha 10 anos, quando todo o óleo combustível e lubrificante foi retirado e sinalizou que, se há mistura oleosa no interior das embarcações, esta deve ser oriunda do interior dos equipamentos e tubulações. Acredita-se que são resíduos mínimos e em volume muito pequeno. Este material pode ser filtrado no interior dos próprios navios e após separado descartado no meio ambiente o que não representa perigo à natureza.

A Marinha do Brasil expôs a necessidade de se realizar um "Plano de Situação". Este estudo técnico, realizado por um engenheiro naval é capaz de revelar a real situação interna da estrutura das embarcações, cujos sinais de deterioração são evidentes, indicando como deve ser feito todo e qualquer procedimento no interior deles. A medida será desde a limpeza dos resíduos até a remoção final dos mesmos da área portuária e seu processo de desmanche.

A Procuradoria Geral do Estado avaliou as exposições e manifestando que apoia a coleta de mais amostras de material do interior dos dois navios, bem como a realização do Plano de Situação. Foi considerado que é importante avaliar todas as particularidades da operação, facilitando o seu planejamento de forma a resguardar o interesse público e a evitar danos às pessoas envolvidas no trabalho e ao meio ambiente. O tempo investido nesta fase de planejamento representa tempo ganho na fase de execução.

No final do encontro ficou acertada a realização de outra reunião ainda no mês de agosto. Neste período será possível dar prosseguimento na coleta de novas amostras de material do interior das embarcações, bem como proceder na realização do Plano de Situação.

Fotos: Carlos Oliveira

FONTE: http://www.sph.rs.gov.br/sph_2006/content/noticias/noticias_detalhe.php?noticiaid=661

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