domingo, 16 de junho de 2013

Navio mercante “Santa Katarina” parte de Porto Alegre.

O navio mercante panamenho “Santa Katarina” deixou o porto de Porto Alegre na manhã de sábado (08). Sua partida que estava prevista para ocorrer às 8 horas da manhã, foi atrasada em virtude do forte nevoeiro que se formou junto às águas do Guaíba. Que como reflexo também comprometeu a chegada dos navios mercantes “CMB Liliane” e “Star Cosmo”.


Como os nossos canais artificiais são relativamente estreitos, para o porte dos navios. Já que os canais artificiais possuem 80 metros de largura e os navios possuem no mínimo 30 metros de largura (“CMB Liliane”, 30 metros; “Santa Katarina”, 32,30 metros e “Star Cosmo”, 30,23 metros). A navegação dos navios graneleiros de longo-curso, exige um maior cuidado. Obrigando uma comunicação ativa entre os práticos que os conduzem, no trecho entre Porto Alegre e Rio Grande. Com o intuito claro de planejar o ponto ideal para realizar o cruzamento das embarcações, preferencialmente em áreas de canais naturais. Onde a largura é maior e existe mais segurança para a manobra.

Não fosse este cuidado e esta dedicação, por parte do serviço de praticagem, navegar pelos nossos canais seria uma verdadeira aventura para a navegação de longo-curso. Elevando os custos e tornando-a proibitiva. A respeito deste assunto. É interessante notar que para o canal Miguel da Cunha, que liga as cidades de Rio Grande e São José do Norte, e que possui embarcações muito menores a utilizando. A Marinha do Brasil já assinalou a necessidade do mesmo ser alargado de 80 para 120 metros. Tendo como principal motivo garantir a segurança da navegação. E no nosso caso, foi solicitado ao Governo do estado, via Superintendência de Portos e Hidrovias, os dados técnicos de todos os canais artificiais para que a autoridade marítima os avaliasse. Isto ocorreu no final do ano de 2011, sem que o Estado houvesse dado resposta a contento para a Marinha do Brasil. Assumindo desta forma um risco desnecessário, numa atitude não profissional e de completo descompasso com o que se espera da administração pública.

Pensem nisso e reflitam sobre os motivos pelos quais nosso desenvolvimento custa tanto a deslanchar. Pois estes fatos estão diretamente relacionados, e inquestionavelmente nos influenciam.

Fotos: Carlos Oliveira

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