Ávila destacou necessidade de adequação legal para esse modal
O transporte hidroviário na Capital foi o tema de reunião conjunta das comissões de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam), Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul (Cefor) e Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) da Câmara Municipal de Porto Alegre, nesta terça-feira (24/5).
O presidente da Cuthab, vereador Pedro Ruas (PSOL), lembrou que em 1989 ele foi autor da lei nº 6384, promulgada pelo então prefeito Olívio Dutra, que tinha como objetivo implantar o transporte hidroviário coletivo de passageiros no Guaíba. Segundo Ruas, na época a grande briga foi com a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) que detinha o poder das concessões. Conforme Ruas, o transporte hidroviário não substitui o transporte convencional, porém as vantagens são a manutenção mais barata da embarcação, sendo que a estrutura hidroviária não precisa de reparos diários.
Experimental
Carlos Alexandre Ávila, diretor da EPTC, afirmou que já na primeira viagem experimental de catamarã, solicitou ao prefeito a formação de uma comissão de trabalho para o detalhamento dos temas que envolvem todo o processo de implantação do transporte hidroviário no Guaíba. Este processo, segundo Ávila, envolve mudanças de modal, alternativas de atracadouros e qual a distância a ser percorrida. Para ele é preciso adequar a lei para este novo transporte.
O diretor de Transportes da Metroplan, Marcus Damini, informou que já estão ocorrendo reuniões com a EPTC, visando a implantação do transporte hidroviário o que depende de verbas para os trabalhos de dragagem do Guaíba, cálculos do calado necessário para a navegação, entre outros.
Conhecimento
Para Vanderlan Vasconselos, superintendente de Portos e Hidrovias do Estado, é preciso buscar alternativas, o que é um desafio, para a implantação do transporte hidroviário na Capital. Segundo ele, este trabalho demanda de uma série de reuniões. "Precisamos ter conhecimento do rio, se está em condições de navegabilidade, um estudo do clima da região, saber qual o material que está depositado no fundo do rio que pode ser cascalho, areia ou terra, a necessidade de radares, GPs, iluminação e a criação de carta náutica. Para tudo isto é preciso previsão orçamentária que não existe. Só com vontade política teremos um transporte hidroviário”, argumentou.
Ao final, ficou definido que Vasconselos retornará ao Legislativo para apresentar um vídeo com todo o mapa hidroviário do Estado. A partir daí, a ideia é que novas reuniões conjuntas das comissões sejam realizadas de modo a formatar uma proposta concreta a ser encaminhada a Prefeitura e ao governo do Estado, contendo um plano unificado da Câmara Municipal sobre a melhor maneira de implantar o sistema de transporte hidroviário da Grande Porto Alegre.
Participantes
Participaram da reunião os vereadores Idenir Cecchim (PMDB) João Antonio Dib (PP), Carlos Todeschini (PT), Engenheiro Comasseto (PT) Aldacir Oliboni (PT). Dr. Raul Torelly (PMDB), Dr. Thiago Duarte (PDT), João Carlos Nedel (PP), Beto Moesch (PP), Toni Proença (PPS), Fernanda Melchionna (PSOL), Mário Manfro (PSDB) e Mauro Pinheiro (PT) além do secretário Municipal de Acessibilidade Paulo Brum, do coordenador de Planejamento Operacional da Metropan Jacson Lopes e do assessor parlamentar da EPTC Celso Pitol.
Regina Tubino Pereira (reg. prof. 5607)
Fernando Cibelli de Castro (reg. prof.6881)
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