A Superintendência de Portos e hidrovias reuniu na tarde de ontem os operadores portuários habilitados junto ao Porto de Porto Alegre. Inicialmente Vanderlan Vasconselos fez um relato do ano de 2011, no qual afirmou que ocorreram grandes progressos no sentido de dar ao Porto de Porto Alegre uma estrutura melhor e mais eficiente. Neste sentido várias foram as ações ocorridas, como o processo de definição da área alfandegada; a finalização da implantação do ISPS-Code, a aquisição de novas defensas, de novos cabos de aço para os guindastes e a contratação da reforma geral de um. Muitas destas ações estavam praticamente paralisadas pela morosidade burocrática. E neste primeiro ano, o esforço foi no sentido de recuperar os processos pendentes e agilizar a sua tramitação, sendo que já se iniciou o ano com todos eles em estado avançado e prestes a obter a liberação de verbas para sua execução.
Outro fato importante diz respeito a postura administrativa, que resultou na ampliação da receita da SPH com relação aos anos anteriores, sendo que neste período não ocorreu aumento do valor do serviço prestado e o volume de carga foi ligeiramente inferior ao do ano anterior. A receita da SPH dobrou de R$ 6 para R$ 12 milhões segundo dados auferidos pela Secretaria da Fazenda. E nos permite levantar questionamentos do porque, nos anos anteriores, a receita ter sido tão inferior.
SEGURANÇA PORTUÁRIA
A implantação do ISPS-Code, que se arrastou por seis anos, esta em fase final de aprovação, aguarda apenas a correção de itens apontados em vistoria e cujos esforços atuais visam, dentro do possível, aprontá-los até a nova avaliação. Algumas das solicitações feitas para a segurança ainda não foram desenvolvidas em razão da necessidade de contratação de serviço especializado cujos valores exigem a realização de licitação. Neste ponto o ISPS-Code é o mais importante dos objetivos da SPH, conforme declarou o superintendente Vanderlan Vasconselos. “É este sistema que nos capacita a receber navios de longo-curso e os de cabotagem que também percorrem portos internacionais”, destacou.
O superintendente falou ainda que todas as ações tomadas visam capacitar o Porto Organizado de Porto Alegre à operar de uma forma melhor e mais eficiente, ação que resulta em benefícios aos operadores portuários aqui cadastrados. E isto demonstra que a atual administração esta no caminho certo.
OPERAÇÃO PORTUÁRIA
Com relação aos guindastes, Vanderlan falou sobre a reforma do equipamento de numero N° 18 se encontra em reforma, serviço este que deve se encerrar num prazo de 120 dias. Tão logo este serviço esteja concluído a SPH pretende estar com a licitação do serviço de reforma do guindaste N° 19 pronta para que o mesmo também possa ser recuperado. Vanderlan explicou ainda que em virtude desta situação da reforma dos guindastes, foi solicitado que operadores portuários que só operem com navios auto-descarregáveis nos próximos meses.
Vanderlan aproveitou para reafirmar que caso algum operador queira colocar algum guindaste para operar no porto, conforme preconiza a Lei dos Portos, sua oferta será bem vinda. “O mesmo vale para quem quiser assumir a operação e a manutenção dos atuais guindastes após sua reforma concluída. A oferta já foi feita para as empresas de fertilizantes com as quais já nos reunimos, e que são os maiores clientes do porto a utilizarem os guindastes”, informou o superintendente. Lembrou ainda que não se trata de nenhuma novidade e já foi implantado em outros portos brasileiros há mais de 15 anos. “Esta é uma proposta que já foi feita no passado e que continua valendo”, observou.
INVESTIMENTOS NO PORTO
Ao abordar o desejo de implantar um Terminal Turístico Internacional, Vanderlan disse que a grande vantagem deste empreendimento é que o mesmo acarreta uma verba de 9,5 milhões de reais para a realização do balizamento noturno. Fato que beneficiaria de forma direta a navegação mercante. O empreendimento representaria uma economia significativa no período das viagens dos navios que aportarem em Porto Alegre. Os representantes da empresas portuárias avaliaram que se o projeto se efetivar, o Porto teria um acréscimo muito grande no volume de navios e de cargas, já que as operações no Cais Navegantes são mais rápidas do que em outros portos. “Isso exigiria um investimento em novos guindastes, o que seria bastante positivo para o porto de Porto Alegre”, observou um dos operadores.
No que se refere ao arrendamento de armazéns, foi solicitado que a SPH dê prioridade no oferecimento dos espaços aos operadores portuários. Vanderlan falou que o processo vai seguir o que determina a Lei. O interesse da SPH é que a carga esteja atrelada a utilização da hidrovia ao menos em um dos seus percursos. E que na seleção vai ser considerado a melhor oferta.
Participaram da reunião com o superintendente Vanderlan Vasconselos, o diretor interino de Portos, Paulo Cyrillo, Nelson Guilloux da Silva e Cristiano Guilloux, da empresa Sirius; Rafael Feijó, da D&F Logística; Albenides Barbosa, da Orion; Ático Scherer, da Navegação Aliança; Marno Spellmeier, da AGM - Operador Portuário; José de Nadal, da Serra Morena e Mario Lopes, pelo Sindicato dos Operadores Portuários - SINDOP-RS.
Foto: Carlos Oliveira
FONTE: http://www.sph.rs.gov.br/sph_2006/content/noticias/noticias_detalhe.php?noticiaid=833
Nenhum comentário:
Postar um comentário