O Canal do Cristal continua apresentar problemas no alinhamento de suas boias. E que é resultante da dificuldade de quem tem por dever mantê-lo em condições de realizar o serviço com perfeição. A Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH, é uma autarquia com grande dificuldade material e humana. Que se vale do navio-balizador “Benjamin Constant” para executar o serviço. Barco este construído no ano de 1907 para realizar dragagem. E que foi adaptado para a nova função há muitas décadas. Uma verdadeira peça de museu. Que consome muito dinheiro, e fica mais tempo parado do que funcionando. Na verdade ele é um equipamento antiquado.
Mas para que o leitor compreenda do que eu estou falando. Peço que ele observe a fotografia aqui apresentada. Nela nós vemos o navio-tanque “Cape Daly” navegando dentro do canal em direção a Porto Alegre. No canto esquerdo aparece o farolete encarnado do Cristal. Este farolete, em conjunto com as demais boias indicam o limite do canal de navegação. E deveriam fazer uma linha reta, já que o canal não é curvo. No entanto a primeira boia após o dito farolete esta visivelmente fora do alinhamento; posicionada além daquele limite.
Este problema já foi a muito tempo aqui abordado. Naquela época ele era pior. Pois se a segunda boia estava deslocada para fora a terceira estava para dentro do canal. Fazendo um verdadeiro desenho de “zig-zag”. Ou seja, o problema é persistente. E a falta de solução para o mesmo é igualmente preocupante. Pois ao se sinalizar errado uma hidrovia se induz ao erro. E erros podem causar acidentes. Com danos e custos materiais e/ou humanos. Que em última instância vão recair sobre o Estado. Que possui uma autarquia que por não consegue prestar um serviço de qualidade. Terá de indenizar as partes prejudicadas. E quem vai pagar esta conta é o Estado, com o dinheiro arrecadado do povo gaúcho. Pensem nisso!
Vanderlan Vasconselos
Foto: Carlos Oliveira
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