terça-feira, 22 de outubro de 2013

COMISSÃO DE ÉTICA PARLAMENTAR

Painelistas advertem sobre as consequências da falta de ética

Jarbas Lima foi o primeiro painelista do evento
O advogado Jarbas Lima foi o primeiro painelista do seminário “A Ética nos Parlamentos”, promovido pela Comissão de Ética Parlamentar com apoio da Escola do Legislativo. O evento aconteceu na sala João Neves da Fontoura (Plenarinho), na manhã dessa segunda-feira (21). A coordenação da mesa foi do deputado Cassiá Carpes (SDD), corregedor da Comissão de Ética, com a presença do presidente do colegiado, Adolfo Brito (PP).

“A Importância da Ética nos Parlamentos” foi o tema abordado por Jarbas Lima. “Considero o Parlamento gaúcho o melhor do Brasil.” Ele afirmou ser esta a casa do povo, pois “não há receio de se discutir aqui dentro qualquer assunto”. E foi enfático ao valorizar a política: “aquele que não dá valor ao que se discute nos debates públicos não é digno de ser titular de cidadania em lugar nenhum. É um inútil.”

Jarbas Lima acredita em um Estado forte, baseado nos conceitos do sociólogo norte-americano Francis Fukuiama. “Quando prevalecer o crime e a violência, nós não teremos mais um Estado estável.” Porém, deve haver um estado de direito para colocar limite em sua própria força, com respeito entre os poderes.

Ele recordou que a primeira pessoa a falar em ética foi Aristóteles. A palavra tem origem no grego e significa costume. “A boa prática, o bom exemplo, a boa vergonha na cara.”

Segundo o advogado, o brasileiro não admite ser designado com a palavra otário, mas não se ofende ao ser chamado de malandro, pois acredita ser esta sinônimo de esperto, aquele que tira vantagem de tudo. “Tão podre como a primeira, que vai contaminando as relações sociais.”

Sistema em crise

O advogado Sérgio Augusto Pereira de Borja falou sobre “Os Movimentos Sociais e a Ética na Política”. Ele acredita que o sistema está em crise, com a força do Estado abalada, colocando em risco a representação política, o que pôde ser sentido nas manifestações de junho, capaz até mesmo de mudar paradigmas, como as estruturas jurídicas. “Esse sistema de representação tem 250 anos. As ruas estão contestando.”

Borja ressaltou a forte relação entre a economia e a política, em especial o abuso do poder econômico nos governos, parlamentos e eleições.

Mais discussão

http://www2.al.rs.gov.br/noticias/ExibeNoticia/tabid/5374/IdOrigem/1/IdMateria/288268/language/pt-BR/Default.aspx

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