27/01/2012 18:20:15 Neste sábado, 28 de janeiro a Superintendência de Portos e Hidrovias celebra, com seus servidores, mais um dia do Portuário. Instituído o dia por meio de portaria, em 1991, a data foi escolhida por este ter sido o dia em que Dom João VI assinou a Carta Régia "Abertura dos Portos às Nações Amigas". A iniciativa foi um marco importante para a história do Brasil, pois garantiu o fim do monopólio português sobre o comércio brasileiro. A partir de então, produtos de outros países puderam desembarcar em nossos portos, assim como os produtos nacionais passaram a ser vendidos para outras nações. De lá para cá essa história só evoluiu. Hoje, os portos brasileiros tem uma importância fundamental para a economia dos País. No Rio Grande do Sul, o sistema hidroportuário garante um terço dos recursos que entram nos cofres do Estado e o trabalho de cada servidor se reflete neste resultado. "São trabalhadores que tem um papel fundamental para que esta economia gire e o trabalho aconteça da melhor maneira possível. Para nós é um orgulho poder celebrar mais um dia com esta categoria que tanto se esforça pelo nosso Porto", disse o Superintendente Vanderlan Vasconselos HISTÓRIAS DE PORTO Nelson Eduardo Tosi Em março de 1961, Nelson Tosi ingressou na atividade portuária Tímido e de uma humildade ímpar, ele afirma que o trabalho de portuário é apaixonante. E ele afirma isso não é a toa, pois são 50 anos trabalhando no mesmo lugar. "Aqui temos a melhor vista. O lugar é maravilhoso e o trabalho envolvente. Tive só uma atividade além do porto, que foi numa importadora de sal, que já trabalhava com embarcação de produto. Por causa dessa empresa vim parar aqui e nunca mais sai", conta. Com muitas histórias vivenciadas na beira do Cais, ele diz que o que mais marcou foi o encalhe do Navio Santa Catarina. "Foi um dos navios mais lindos que já atracou aqui, mas aquele encalhe nos marcou. Eu estava na beira do Cais quando ele preparava para a manobra e, de repente ele saiu do canal", contou. Aos 68 anos, Nelsinho da Balança, como é conhecido por todos o Porto de Porto Alegre, disse que acompanhou, neste meio século de atividade, os melhores e os piores momentos do sistema portuário. "O tempo foi passando, as coisas mudando, as estradas melhorando muito com o asfalto. Por causa da qualificação das rodovias que o trabalho marítimo perdeu seu espaço", disse. "Mesmo com todas as dificuldades passadas aqui, nunca pensei em procurar outro trabalho. Meu lugar é aqui. Não tenho muita coisa. Penso que a pessoa trabalhar e conseguir se manter, sem depender dos outros já é uma grande conquista." Gladis Hunhoff, 64 Ela tinha 30 anos e uma certeza: queria trabalhar ao lado do rio. "Eu trabalhava em uma siderúrgica e, da sala do meu chefe, conseguia ver a pontinha do rio. E sempre dizia que ainda trabalharia perto do Guaíba – quando ele ainda era chamado de rio". Foi assim que em 1978, Gladis Hunhoff, prestou concurso e foi aprovada para trabalhar como escriturária II do então Departamento Estadual Portos de Rios e Canais (Deprc), hoje Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH). Nos 34 anos de atuação como portuária, Gladis se tornou nos últimos quatro anos, um exemplo de superação e de paixão pelo porto. Para os colegas ela é mais do que uma boa servidora, é uma guerreira. Em 2008, foi acometida por um câncer em que precisou retirar o estômago. "Quando descobri a gravidade do problema, precisei me afastar para fazer a cirurgia, mas me despedi dos colegas como se não fosse mais voltar. Só que a minha vontade de viver e voltar para a beira do rio era tanta, que em dois meses eu estava de volta. Este lugar é a minha vida. Se me mantenho em pé, é porque posse vir para cá, dar a minha contribuição para que as coisas aconteçam aqui dentro", disse. FOTOS: CRISTIANE FRANCO FONTE: http://www.sph.rs.gov.br/sph_2006/content/noticias/noticias_detalhe.php?noticiaid=861 | ||||
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
SPH celebra o dia do Portuário
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