Muitos motoristas tiveram de ser orientados sobre restrição a veículos não cadastrados
Atualizada às 14h17min
Apenas carros de funcionários cadastrados tiveram permissão para entrar
O fechamento do Cais Mauá como estacionamento particular provocou irritação em alguns motoristas no início da manhã. Muitos deles chegavam a reduzir a velocidade, próximo à entrada principal do cais, na tentativa de acessar o local, porém, recebiam a informação da Guarda Portuária de que apenas pessoas cadastradas seriam autorizadas a entrar. O maior movimento no local foi entre as 7h e 9h desta sexta-feira, segundo a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH).
Fiscais da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) ajudaram a controlar o fluxo na entrada do cais. Uma das pistas foi demarcada com cones, devido à previsão de que muitos motoristas reduziriam a velocidade no local em busca de informações. O trânsito, no entanto, não foi prejudicado, segundo o coordenador de operações da EPTC na região central, Fábio Rodrigo Baum Bernardo.
— Tivemos bastante movimentação no início da manhã, mas não houve lentidão. — disse Baum.
Até o início da tarde, segundo o coordenador, o trânsito no local estava dentro da normalidade.
Depois que uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) mostrou problemas no funcionamento do local — onde, diariamente, centenas de motoristas deixam seu veículos —, a SPH resolveu fechar os portões do cais para carros particulares. Estima-se a perda de 600 vagas de estacionamento no local, que eram utilizadas em sua maioria por funcionários de órgãos públicos próximos ao porto.
Local que costumava ficar lotado de carros estava vazio
Foto: Ronaldo Bernardi
A presidente da Associação dos Servidores do TCE, Ligia Zamin, reconhece que uma área pública só pode ser ocupada com este fim mediante licitação.
— Entrávamos porque não havia alternativa. Esgotaram-se as vagas no Centro — disse ela, que recomendou aos associados que usassem outros meios de transporte para ir ao trabalho.
A gerente de um dos estacionamentos privados localizados na Avenida Mauá, Clair Pereira, afirmou que, até as 10h desta manhã, não havia registrado aumento significativo no número de clientes à procura de vagas.
— O movimento está normal para uma sexta-feira — afirmou Clair.
O caso
O uso irregular do Cais Mauá, no centro da Capital, como estacionamento particular, é um problema que se arrasta há 11 anos. O TCE constatou falhas no gerenciamento do local e enviou uma intimação à SPH, pedindo esclarecimentos. O TCE intimou o ex-superintende Gilberto Cunha, que terá um prazo de 30 dias úteis para comparecer ao Tribunal, contados a partir do recebimento do documento. Para evitar mais transtornos, a SPH determinou o fechamento das vagas de estacionamento a não cadastrados.
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