Navio mercante “CMB Mistral” parte vazio de Porto Alegre.
Partiu vazio do cais Navegantes, do porto de Porto Alegre o navio mercante chinês “CMB Mistral”. O fato, que já é rotineiro para os graneleiros que aqui aportam representa a falta de investimento e de política para o setor portuário gaúcho. Que teria no porto de Porto Alegre uma ótima plataforma logística. Mas por não ser amplamente utilizada acaba por encarecer ou inviabilizar muitas operações comerciais de nossa economia.
A partida do “CMB Mistral” também revelou outra faceta do nosso porto. Pois o volume de carga inicialmente previsto para ser descarregado era de 9.000 toneladas. No entanto após a descarga de seus porões o volume descarregado foi informado como sendo de 8.920 toneladas pela Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH e de 8.821,640 toneladas por parte do órgão gestor de Mão de Obra – OGMO. Esta divergência não deveria ocorrer, já que os dados são compartilhados e tem como ponto de referência a balança oficial utilizada pelo porto. São quase 100 toneladas a menos no cálculo do OGMO. E é sobre este número que se faz a remuneração dos trabalhadores avulsos.
Por outro lado a falta de precisão do número da SPH, que chegou a um resultado cheio. Sem nenhuma casa após a vírgula indica que este número não é o realmente aferido pelas balanças. Pois é praticamente impossível que um navio traga uma carga a granel com um valor tão exato como este. Principalmente após ter descarregado esta carga em um ou mais portos ao longo de sua viagem.
Se no primeiro caso pode ter ocorrido um erro de digitação. Uma falta de atenção na conferência do valor digitado. No segundo caso o que se vê é a falta de postura profissional. Que não vê o quanto a exatidão dos dados são importantes para se ter a credibilidade que qualquer negócio exige.
Feito estes comentários, convido o leitor a refletir sobre o assunto. E peço novamente desculpas por não vincular nenhuma fotografia do navio. Pois o Carlos César, que normalmente as faz, se encontra viajando de férias.
Muito Obrigado!
Vanderlan Vasconselos
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