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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

PARA PENSAR E REFLETIR

Navio mercante Marcos Dias parte de Porto Alegre.

Três dias após ter chegado a Porto Alegre, partiu o navio mercante “Marcos Dias”. O navio que aqui esteve descarregou sua carga de sal marinho, cujo volume final foi de 12.475,6 toneladas segundo informações divulgadas pelo Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO. Este número é superior ao que o próprio porto informa em seu site oficial, no qual conta o volume de 12.400 toneladas. O que lamentavelmente comprova a falta de exatidão dos dados oficiais. O que é sempre lastimável. Pois credibilidade é tudo. E nos dias de hoje não há explicação para erros deste tipo. Já que a informática existe para nos auxiliar.

O certo é que o “Marcos Dias” foi mais um navio graneleiro que aqui esteve, descarregou e partiu sem nada levar. Afirmando e reafirmando o que há muito já se sabe. De que o porto de Porto Alegre esta carente de investimentos e de capacitação humana e material. O que é ruim para a nossa economia. Que mesmo tendo um excelente porto perde cargas, oportunidades e muito dinheiro para outros portos. Que em alguns casos são muito menores do que o nosso, mas muito mais ativos e lucrativos do que o de Porto Alegre. Que por sinal é mantido com o dinheiro do contribuinte gaúcho. Pois além de não conseguir se quer pagar as suas contas. Ainda dá prejuízos astronômicos, mês após mês, chega hoje em torno de R$ 30 milhões ano, sem cobertura. Trabalhando ou não. Para não dizer que ele é maior quando existe trabalho a ser feito. Ocasião em que as horas-extras engordam as despesas operativas.

Neste ano propus, como Deputado Estadual, a devolução da administração dos portos interiores à União. Esta ideia ainda está sem resposta na estrutura político administrativa do nosso atual governo. Aonde existem pessoas sérias e empenhadas com a melhora da nossa situação financeira. Mas que por outro lado enfrentam resistências de alguns poucos que não compreenderam grandiosidade do gesto. E os benefícios que dele o nosso estado poderia receber. Ao se devolver a União a responsabilidade de tocar ou de achar alguém interessado em administrar os nossos portos interiores. Investindo e capacitando-os para receber e despachar cargas dos mais diversos tipos.

Este é o nosso dilema. O de ficarmos abraçados a uma estrutura que não é nossa, que não conseguimos tocar apenas pela vaidade de dizermos que a temos. Ou a de devolvê-la para o seu legítimo dono. Deixando com ele a responsabilidade de tocá-la. Gerando riqueza não só para ele, mas para a toda a sociedade gaúcha.

Muito Obrigado!

Vanderlan Vasconselos

Fotos: Carlos Oliveira

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