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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Foram-se as boias, o farolete ficou.



No final da manhã de terça-feira (13/OUT) a Marinha do Brasil, por meio da Capitania Fluvial de Porto Alegre, enviou uma equipe para vistoriar o balizamento nas águas do Guaíba. Naquele momento, embora o Guaíba continuasse a subir, a sinalização do canal do Cristal permanecia em seu ligar. Garantindo a segurança da navegação para as embarcações de maior porte que por ali passam. No entanto, no final daquele dia esta situação se alterou. Inicialmente foi a boia luminosa encarnada que se deslocou. Sendo arrastada pelas forças da água para o lado oposto do canal. Na sequencia foi a boia luminosa verde que também se desgarrou e foi levada pela força das águas.

O resultado disso é que foram-se as boias e o farolete ficou. E é sobre isto que eu gostaria de comentar. Já que para os técnicos da Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH, autarquia responsável pela manutenção da sinalização náutica entre Porto Alegre e Rio Grande. Estes faroletes devem ser todos retirados e substituídos por boias luminosas. Como se isto fosse um grande avanço para a qualidade da nossa sinalização.

Na verdade a tecnologia dos faroletes é muito antiga. Eles são estruturas de ferro cravadas no solo. Que por este motivo possuem uma manutenção mais difícil de ser feita. No entanto o seu deslocamento tão bem é mais difícil de ocorrer. Já que eles são pouco influenciados pelo regime de cheia. O que é uma grande vantagem.

Bem ou mal os faroletes, encravados no solo, se mantém firmes. Não gerando nenhum custo para a sua recolocação, fato tão comum com o sistema de boias. Eles garantem, mesmo nos períodos de cheia, a segurança de que estão posicionados no local correto. Sinalizando com eficiência a rota segura para o navio que por ali passe. Já as boias, estas são levadas pela correnteza. Em alguns casos são dadas por perdidas, pois não são localizadas. Gerando não só um custo de reposicionamento, como de aquisição de outro equipamento novo. O que acaba por ser muito mais caro para o contribuinte.

Pensar nisto e trazer esta realidade ao conhecimento do público é o meu objetivo. Pois somente assim, é que nós vamos poder construir uma opinião sobre o assunto. Que do meu ponto de vista é muito mal gerido por aqueles que têm a função de fazê-lo em nome do Estado.

Muito Obrigado!

Vanderlan Vasconselos

Fotos: Carlos Oliveira

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