Um carregamento de soja triturada chegou ao porto de Rio Grande, às 16:16 da tarde de quinta-feira (25/JUN). O destino da carga era o terminal da multinacional Bunge, que fica localizado na área do Super Porto de Rio Grande. E veio a bordo da barcaça graneleira “Trevo Nordeste”, de propriedade da Navegação Aliança. E que faz parte do pequeno grupo de empresas que sobreviveu a crise que se abateu sobre o setor há a algumas décadas atrás.
Ao todo a barcaça transportou 3.018,11 toneladas de soja. Que é classificada como triturada, pois não possui uma uniformidade nos grãos que a compõe. Possuindo grãos que foram quebrados ao longo do processo de colheita, transporte e armazenamento. Tão bem os mesmos não são classificados como sementes, que poderiam ser utilizados para o plantio. O que abre a possibilidade destes grãos serem de soja transgênica, que possui com característica básica o fato de não servirem para a semeadura. Fato que na época em que surgiu foi motivo de muita crítica dos nossos agricultores. Que viam naquela semente que eles estavam colhendo, e que era geneticamente preparada para resistir as adversidades do clima e das pragas, um ponto fraco. Pois não lhes dava o benefício de poderem utilizá-la como semente na próxima safra. O que era tradicionalmente possível com as variedades antigas por eles cultivadas.
O certo é que a cada ano a nossa agricultura consegue superar os desafios que a natureza nos impõe. No entanto, quando se trata de estrutura para armazenamento e transporte, as dificuldades são sempre as mesmas. E a navegação, que é o melhor meio disponível para o transporte da safra, continua a ser pouco valorizada. Ter uma política para o setor da navegação é trabalhar pelo sucesso da nossa agricultura. Pois não existe separação entre um segmento e o outro. Muito pelo contrário, eles sempre caminharam e cresceram juntos. Pelo bem do nosso desenvolvimento social e econômico.
Pensem nisso!
Vanderlan Vasconselos
Foto: Carlos Oliveira
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