
Diferente do que acontece com o transporte rodoviário. Onde o camioneiro recebe um valor fixo para realizar uma viagem. E caso ocorra algum imprevisto ou atraso na viagem o valor do frete não é alterado. Corroendo desta forma seu lucro. Quando se trata de transporte marítimo, o fretamento, ou aluguel, do navio só se encerra quando a carga é totalmente descarregada.

No caso especial do porto de Porto Alegre. Que possuía no cais Mauá um espaço operativo muito grande. Onde mais de cinco (05) navios podiam atracar simultaneamente. A transferência das operações para o cais Navegantes representou um encolhimento da área operativa do porto. Fortalecendo e ampliando, desta forma, a possibilidade de navios terem de fundear por falta de espaço no cais.
Ao falar isto, estou afirmando a transferência das operações de um cais para o outro, não levou em consideração o bom funcionamento do porto. Faltou visão de futuro aqueles que deveriam zelar pela política portuária.
Esta falta de visão se refletiu também na falta de investimentos. Na falta de manutenção e de planejamento para as operações futuras do porto. O resultado imediato se materializou na perda de receita. E como o porto é administrado pelo Estado. Que arca com todos os custos de sua manutenção e operação. A perda de receita do porto vai exigir que o governo retirasse dinheiro de seu caixa, para cobrir as despesas portuárias. Que possui na folha de salários um peso enorme. Um porto deficitário gera prejuízos a sociedade. Ao ser substituído como opção de transporte. Tendo suas cargas transferidas para o setor rodoviário. Amplia-se o custo do frete. Reduz-se a lucratividade dos setores produtivos. Com todo o reflexo em nossa produtividade e competitividade nos mercados interno e externo. Eleva-se a poluição, pela emissão de gazes tóxicos. E quem perde somos todos nós.
Dar evidencia a esta realidade é essencial. Pois temos de reverter esta realidade insana. Que tanto mal nos traz. E que em qualquer outra parte do mundo não ocorreria. Pelo simples fato de ser um absurdo, um surto de irracionalidade econômica. Que vai contra a lógica comercial.
Pense nisso! E cobre de nossos governantes um comprometimento total e profissional para com a boa administração publica.
Obrigado!
Fotos: Carlos Oliveira
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