quarta-feira, 31 de julho de 2013

A voz do setor produtivo.

Nos últimos dias a voz das ruas fez o Brasil parar. Infelizmente muito do que ela exigiu foi interpretado de maneira desconexa por parte dos nossos governantes. Que ao invés de fazer uma análise séria sobre o assunto apresentou como resposta propostas absurdas. Que nada se aproximam do que foi exposto. Demonstrando total incapacidade para lidar com o inesperado.

Agora temos a voz do setor produtivo fazendo seu manifesto. Veja que no texto quem fala não são os patrões. A voz é do trabalhador portuário. Bem como de quem trabalha na condução dos navios em segurança até o nosso porto de Porto Alegre. Estes são o verdadeiro setor produtivo. Aquele que em caso de crise fica sem o trabalho que garante o seu sustento e o de seus familiares. Por este motivo tomo a liberdade de reproduzir aqui matéria oriunda do blog do competente jornalista Políbio Braga. No qual o mesmo trata do estado de abandono de nossos portos e de nossa hidrovia. Este texto vai de encontro a muito do que aqui é dito diariamente. E comprova que a situação infelizmente não é boa.

Muito Obrigado!

Porto Alegre, 25 de julho de 2013

Sindicalistas denunciam que governo estadual sucateia o porto de Porto Alegre

Os navios carregam e descarregam usando apenas guindastes próprios, porque os do porto não funcionam.

Acompanhem estas reclamações das lideranças dos portuários e da praticagem de Porto Alegre, todas relacionadas com o porto da Capital:

1) 50% da área do porto foram entregues a grupos estrangeiros a preços de doação, de maneira desastrada e criminosa para implementar o projeto Cais Mauá.

2) Os outros 50% que sobraram, o Cais Navegantes, não possuem um único guindaste para carga e descarga funcionando.

3) Os R$ 18 milhões prometidos pelo governo federal,  não foram usados por falta de aprovação do projeto elaborado pelo governo estadual e que deveria contemplar a sinalização náutica dos canais de acesso ao porto, não chegaram e há ameaça de interdição. Havia verba do PAC, com R$ 100 milhões para obras de desassoreamento dos seus canais de acesso, mas por falta de projetos adequados, esta verba foi perdida.

. Os dirigentes sindicais informaram ao editor que no porto de Paranaguá há inúmeras embarcações fundeadas e sem perspectivas de pronto atendimento, tendo os responsáveis por 12 delas mostrado interesse em operar os portos de Rio Grande/Porto Alegre mas a falta de guindastes os desmotivou.

- Assinam a mensagem Eduardo Rech, Coordenador da Intersindical Portuária e Diretor da  Confederação Nacional dos Marítimos para assuntos do Mercosul e Geraldo Luiz de Almeida, presidente da Praticagem do Rio Grande do Sul.

Fonte: http://polibiobraga.blogspot.com.br/2013/07/sindicalistas-denunciam-que-governo.html

Para pensar e refletir – Canal do Cristal necessita de cuidados.

Para quem examina os dados sobre a sinalização náutica de nosso Estado, aparentemente ela obteve uma grande melhoria. O número de boias e faroletes desaparecidos ou com problemas é bem menor. Fruto do trabalho desenvolvido pelo Estado na correção deste problema. Que de tão crítico que estava chegou ao ponto de ser cogitada a sua interdição por parte da Marinha do Brasil. No entanto não podemos nos iludir. Nem sempre o que parece ser bem, é o que parece.


A respeito disso, vou abordar a questão relativa ao Canal do Cristal. O primeiro dos canais artificiais de quem parte do nosso porto de Porto Alegre em direção ao porto de Rio Grande. Que é a espinha dorsal de nossa navegação de longo curso e interior. E que é o que esta mais perto da sede administrativa do órgão público que deve cuidar de sua situação.

Pois em 2011, após uma forte enchente mais de 30 boias se desgarraram nas águas do Jacuí e do Guaíba. Após recolocadas em seu local, a navegação pode ser restabelecida. No entanto, passados dois anos, quando se olha para as boias do Canal do Cristal é difícil de não ficar incomodado com o que se vê.

O farolete N°. 142 de cor verde, esta inclinado. Demonstrando que sua base esta comprometida. E que se nada for feito o mesmo tende a cair. Esta inclinação também compromete a visualização de sua luz. Principalmente no sentido de quem desce o Guaíba.

Até bem pouco tempo, o farolete N°.129 de cor encarnada, estava com sua luz apagada. Solucionado este problema, conforme relato aqui exposto. (veja matéria específica: http://www.vcvesteio.blogspot.com.br/2013/07/farolete-do-canal-do-cristal-volta.html ) A solução deste problema amenizou a situação, no entanto não é suficiente para que se possa dizer que este trecho do percurso esta bom. Muito pelo contrário.

Ao se pegar o alinhamento do farolete encarnado com as boias que compõem este lado do Canal do Cristal a visão que se tem é assustadora. Ela já foi mostrada aqui de forma discreta, mas propositalmente em diversos momentos. Como uma forma de instigar o nosso leitor, sem a necessidade de se falar abertamente sobre o assunto. (veja as imagens vinculadas junto as matérias:

http://www.vcvesteio.blogspot.com.br/2013/03/navio-balizador-comandante-varella.html ou

http://www.vcvesteio.blogspot.com.br/2013/07/navio-balizador-faroleiro-mario-seixas.html

Neste caso, o exercício que se deve fazer, lembra muito um jogo infantil, no qual a criança tem de achar o desenho escondido, ligando os números. Aqui a proposta é que se liguem os sinais náuticos com uma linha, e se o resultado foi uma reta, o canal esta alinhado. Agora se o resultado for uma linha em zig-zag isto indica alguma coisa errada no referido traçado do canal. E na verdade é este o problema.

No caso do Canal do Cristal, devemos partir do princípio de que os faroletes N° 142 e N°. 129 estão corretamente posicionados. Pois eles foram cravados no solo do fundo do lago Guaíba. Já as boias intermediárias, sendo a primeira a boia cega N°. 131 e a boia luminosa N°. 133 sofreram intervenção recentemente de limpeza e pintura. Resta a boa luminosa N°.135 que foi recolocada em seu lugar no ano de 2011 após a enchente. Como um dos faroletes esta inclinado. E para reparar este problema o mesmo terá de ser retirado do local. A dúvida que fica é se o mesmo será realmente posicionado de forma correta ou não? A perda deste marco de referência compromete a credibilidade da sinalização. Principalmente tendo em vista que os outros sinais retirados, ao terem sido recolocados não o foram de forma correta. Portanto podemos inferir que se a coisa continuar da forma em que esta muito em breve o canal não estará mais sendo demarcado em seu traçado verdadeiro. Expondo ao risco os navios que por ali navegam. Principalmente os de longo curso, cuja largura chega a mais de 32 metros, e o comprimento beira a casa dos 200 metros.

Pensem nisso e reflitam. Pois toda esta realidade reflete o estado de abandono no qual a nossa estrutura portuária foi deixado ao longo das últimas décadas.

Fotos: Carlos Oliveira

Novo carregamento de celulose é enviado pela “Trevo Norte” para Rio Grande.

Um novo carregamento de acetobutirado de celulose foi enviado para o Porto Novo de Rio Grande a bordo da barcaça graneleira “Trevo Norte”. Com volume semelhante ao de outras viagens, totalizando 2.000 toneladas, a “Trevo Norte” atracou às 06:30 da manhã de terça-feira (30/JUL). Devendo descarregar este produto no porto, para ali ficar armazenado até a chegada do navio mercante “Japin Arrow” que o levará para seu destino final.

O acetobutirado de celulose, assim como a celulose propriamente dita, é produzido pela unidade fabril da CPMC Celulose Rio-grandense. Cuja fábrica se localiza no município de Guaíba, as margens do Lago Guaíba. E que se encontra em processo de ampliação. Quando o mesmo estiver concluído, o volume a ser transportado será muito maior do que o atual. Indicando com isto a certeza da existência de carga para a navegação interior. E de certa forma dando ao setor uma garantia de que seus investimentos terão retorno com a prestação do serviço de frete.

Foto: Carlos Oliveira

Navio-tanque “Zeugman” descarrega em Rio Grande.

O navio-tanque “Zeugman” atracou no píer petroleiro operado pela empresa Braskem em Rio Grande. Este fato ocorreu às 23:10 da noite de segunda-feira (29/JUL). Sendo que por volta da 01:00 iniciou a operação de descarga neste terminal. Nela foram descarregados 1.672,84 toneladas do que foi classificado como misturas hidrocarboneto condensado. Que é um hidrocarboneto leve encontrado em seu reservatório natural em estado gasoso. No entanto, ao entrar em contato com o a temperatura ambiente muda para estado líquido.

A princípio o navio-tanque “Zeugman” viria do porto de Santos, descarregaria em Rio Grande e seguiria para o porto de Campana, na Argentina. No entanto sua viagem foi alterada e o navio seguirá para o terminal Santa Clara, de propriedade do Polo Petroquímico de Triunfo.

Foto: Carlos Oliveira

Bianchini envia farinha pela barcaça “Piratini”.

A barcaça graneleira “Piratini” transportou mais um carregamento de farinha, produzido pela Bianchini, para o porto de Rio Grande. Ao todo foram 3.723 toneladas do produto, embarcados pelo terminal de uso privado (TUP) da Bianchini as margens do rio dos Sinos. Que chegaram às 20:40 da noite de segunda-feira (29/JUL) ao TUP da Bianchini na área do Super Porto de Rio Grande. Esta viagem iniciou no meio da semana passada. No entanto a barcaça graneleira “Piratini” teve de fundear para aguardar o momento de seguir sua viagem. Este período de espera ocorreu entre as 08:40 da manhã de sábado (27/JUL) até às 19:55 da noite de segunda-feira (29/JUL). E pode ser visto como um indicativo da falta de espaço para atracação e armazenamento de nossa safra e também da produção agroindustrial. E numa análise mais apurada, o que concluímos é que somente a iniciativa privada é que possui investimentos na área. O porto público esta devendo este investimento. E por este motivo enquanto um setor fica ocioso, o outro trabalha no limite de sua capacidade operativa. A solução para este problema exige mais investimentos do setor público na qualificação de suas instalações portuárias já existentes. Criando desta maneira mais espaço e opções para as empresas produtores possam utilizar no seu processo comercial.

Foto: Carlos Oliveira

Navio-tanque “Gas Haralambos” parte após fim do nevoeiro.

O forte nevoeiro que se formou na área do lago Guaíba acabou por paralisar a movimentação dos navios na manhã de segunda-feira (29/JUL). A baixa visibilidade acabou fazendo com que o navio-tanque “Gas Haralambos” não pudesse desatracar do Terminal de Gás do Sul – TERGASUL, conforme previsto e anunciado pelo serviço de Praticagem da Lagoa dos Patos. A manobra que deveria iniciar ás 09 horas da manhã só se realizou no turno da tarde.

Este fato demonstra o quanto é importante investimos na qualificação de nossa hidrovia. Pois do contrário, a mesma fica impossibilitada de operar com plena segurança. Transmitindo aos armadores uma má impressão de nossa hidrovia. Este fato acaba por encarecer o frete dos navios que para cá navegam. Criando um circulo vicioso nocivo aos nossos interesses sociais e econômicos.

Foto: Carlos Oliveira

MITA envia cavacos de madeira para Rio Grande.

A empresa MITA, com unidade industrial às margens do rio Taquari, enviou para Rio Grande mais um carregamento de cavacos de madeira. O produto foi transportado nos porões da barcaça graneleira “Iracema” de propriedade da Navegação Aliança. E chegou ao Terminal Marítimo Luiz Fogliatto às 22:00 da noite de domingo (28/JUL). Ao todo foram 1.100 toneladas enviadas, para armazenagem a céu aberto, nos pátios deste terminal. E que posteriormente vão ser embarcados em um navio mercante com destino ao exterior. Garantindo desta forma a geração de emprego e renda em uma longa cadeia produtiva. Que possui elementos no campo, na indústria e no setor de serviços.

Foto: Carlos Oliveira

Barcaça “Hernave VII” atraca no TUP da Bianchini de Rio Grande.

A barcaça graneleira “HERNAVE VII” de propriedade da Navegação Guarita atracou no meio da tarde de domingo (28/JUL) no terminal de uso privativo (TUP) da empresa Bianchini, localizado em Rio Grande. Eram 15:50 quando isto ocorreu. E nos porões da “HERNAVE VII” havia 1.900 toneladas de soja para semeadura. Como ela é uma barcaça sem propulsão própria, seu retorno será em comboio com a barcaça “Porto de São Pedro”, também da Navegação Guarita. E que estava operando no Terminal Marítimo Luiz Fogliatto.

Foto: Carlos Oliveira

“Prof. David Cunha” é carregado com trigo norte-americano.

A barcaça graneleira “Prof. David Cunha” atracou no Porto Novo de Rio Grande às 09:30 da manhã de domingo (28/JUL). Seu objetivo é o de ser carregada com trigo proveniente dos Estados Unidos. E que veio nos porões do navio mercante “Long Hua” de bandeira de Hong Kong.

O “Long Hua” mede 179,88 metros de comprimento e possui 28,80 metros de largura. Veio do porto de Houston com um carregamento de trigo. Atracou no Porto Novo de Rio Grande ás 04:15 da madrugada de domingo. Iniciando as operações de descarga às 12:20. Deve descarregar em Rio Grande 28.650 toneladas do produto. Parte deste trigo irá diretamente para os porões da barcaça graneleira “Prof. David Cunha”. O volume exato não foi divulgado pelo porto. Mas seu destino é a região metropolitana de Porto Alegre.

Foto: Carlos Oliveira

“Trevo Vermelho” transporta soja para empresa Bunge.

A barcaça graneleira “Trevo Vermelho” transportou 4.000 toneladas de soja triturada para a empresa Bunge. Sua chegada junto ao terminal de uso privado desta empresa em Rio Grande, ocorreu às 07:43 da manhã de domingo (28/JUL).  Garantindo desta forma mais uma viagem entre as unidades da Bunge na região metropolitana de Porto Alegre e a de Rio Grande. Onde existe uma grande capacidade instalada de armazenamento. E que possibilita o embarque de nossa produção agrícola de forma mais ágil junto aos navios que vêm buscá-la. Este fato também demonstra como a iniciativa privada investe e se prepara para enfrentar os desafios que a economia lhes impõe. Numa atitude muito diferente da iniciativa pública. Que infelizmente não demonstra a mesma agilidade e o mesmo interesse em ser competente no trato do interesse econômico.

Foto: Carlos Oliveira

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Chegou o navio-tanque “Gas Haralambros” com mais um carregamento de GLP.


Chegou na manhã de domingo (28/JUL) o segundo navio-tanque deste ano com um carregamento de gás liquefeito de petróleo – GLP. Foi o “Gas Haralambos”, registrado junto ao porto de Nassau e ostentando a bandeira de Bahamas. O navio que pertence a Stealth Maritime Corporation S/A, com sede em Atenas, Grécia, veio do porto de Barra do Riacho, no Espírito Santo de onde partiu em 23/JUL. E teve como destino o Terminal de Gás do Sul – TERGASUL, localizado no município de Canoas e administrado pela Petrobras. Com 119,50 metros de comprimento e 19,02 metros de largura, o “Gas Haralambos”, foi construído no ano de 2007, pelo estaleiro Kanrei Shipbuilding Company Ltd., da cidade de Naruto. Possui capacidade de armazenamento de até 7.000 metros cúbicos de gás em seus dois tanques especiais. E sua chegada ao nosso estado visa garantir o pleno abastecimento de GLP neste período de maior consumo, devido ao clima mais frio.

Para aquelas pessoas que não conseguem visualizar a importância da navegação. Este é um bom exemplo, pois o GLP esta presente no nosso dia-a-dia. A cada vez que fazemos uma refeição. Saindo e queimando na boca do nosso fogão.

Fotos: Carlos Oliveira

“Germano Becker” transporta soja triturada.

A barcaça graneleira “Germano Becker” transportou mais um carregamento de soja triturada. Ao todo foram 5.000 toneladas do produto, que foi levado para o Terminal Marítimo Luiz Fogliatto, do Super Porto de Rio Grande. A chegada da barcaça neste terminal ocorreu às 17:20 da tarde de domingo (28/JUL). E ela foi carregada na região metropolitana de Porto Alegre.

Nos últimos dias têm verificado um incremento muito grande na movimentação de carga pela nossa hidrovia. Mostrando que ela é uma boa opção para quem deseja obter um transporte de qualidade com um frete muito menor.

Foto: Carlos Oliveira

“Prof. Luiz L. de Faria” transporta soja para exportação.

A barcaça graneleira “Prof. Luiz L. de Faria”, de propriedade da Frota de Petroleiros do Sul – PETROSUL, atracou às 04:30 da madrugada de domingo (28) em rio Grande. Este fato ocorreu no Terminal Marítimo Luiz Fogliatto, onde a barcaça deverá descarregar 3.077 toneladas de soja triturada. E que se destina a exportação. O produto que teve como origem a região metropolitana de Porto Alegre é o resultado da união entre os setores agrícola e industrial. Que ao beneficiarem a soja lhe agregam maior valor. Fazendo com que mais recursos fiquem no nosso país. Alem de garantir o emprego de mais gente. Já a opção pelo transporte por barcaças reafirma aquilo que é uma certeza em outros países, mas que no Brasil não merece atenção.Tal é a importância do transporte hidroviário ou marítimo como alternativa econômica de se realizar o deslocamento de nossa produção agrícola.

Foto: Carlos Oliveira

“Frederico Madorin” transporta soja para Bianchini.

A barcaça graneleira “Frederico Madörin” de propriedade da Navegação Aliança realizou mais uma viagem a serviço da empresa Bianchini. Desta vez a barcaça transportou 4.215 toneladas de soja triturada de Canoas para o porto de Rio Grande. Vindo a atracar no terminal operado pela Bianchini na área do Super Porto de Rio Grande. O fato ocorreu às 15:30 da tarde de sábado (27/JUL). Mostrando de forma exemplar a persistência de algumas empresas. Que apesar de todas as adversidades, continuam atuando no ramo da navegação ou enviando suas cargas por meio desta.

Foto: Carlos Oliveira

Barcaça graneleira “Porto de São Pedro” busca soja em Estrela.

A barcaça graneleira “Porto de São Pedro” viajou até o porto de Estrela para buscar um carregamento de soja. O produto após devidamente carregado foi transportado pela nossa hidrovia até o porto de Rio Grande. Chegando no Terminal Marítimo Luiz Fogliatto às 09:20 da manhã de sábado (27/JUL). Ao todo foram transportadas 2.400 toneladas de soja para semeadura. Numa viagem que infelizmente é rara de ocorrer nos dias de hoje. Devido ao precário estado de conservação de nossos rios. Que outrora eram a via natural de comunicação de nosso Estado. E que hoje se encontra não só assoreados, como mal sinalizados. Inviabilizando a navegação comercial. E comprometendo nossa economia com a elevação de custos ligados ao transporte de nossa produção.

Foto: Carlos Oliveira

Cavacos de madeira são transportados pela hidrovia.

Mais um carregamento de cavados de madeira foi transportado pela nossa hidrovia. Desta vez a missão coube a barcaça graneleira “Trevo Leste”. Que embarcou as 1.400 toneladas junto ao terminal da empresa MITA, localizado as margens do rio Taquari. Seu escoamento pela hidrovia é não só uma opção, pelo menor preço, como uma necessidade. Já que o produto é extremamente volumoso e de pouca densidade. Fato que acarretaria a necessidade de um volume muito maior de espaço em veículos de carga ou vagões, para transportá-lo até seu destino final. Neste ponto a navegação é uma solução eficiente e eficaz. Pois nas embarcações o espaço é muito maior se comparado ao dos demais meios de transporte. E o custo muito menor. Desta forma uni-se o útil ao agradável. Com a oportunidade de se contribuir para a preservação do nosso meio ambiente. Emitindo menos volume de gases.

Foto: Carlos Oliveira

Barcaça graneleira “Itaúba” transporta soja.

A barcaça graneleira “Itaúba” de propriedade da Navegação Guarita atracou às 04:20 da madrugada de sábado (27/JUL) no Terminal Marítimo Luiz Fogliatto, do Porto de Rio Grande. Em seus porões ela estava transportando 2.250 toneladas de soja para semeadura. Para ser enviado para o mercado externo. O produto veio da região metropolitana de Porto Alegre. Demonstra o esforço que o setor do agronegócio realiza, para poder produzir com o custo mais baixo possível. E é neste ponto, o que transporte por barcaças, acaba sendo um dos fatores mais importantes após a colheita de nossa safra agrícola. Pois quando comparados ao transporte rodoviário e ferroviário, seu custo é incontestavelmente o menor.

Foto: Carlos Oliveira

domingo, 28 de julho de 2013

A importância da nossa hidrovia.

A foto que aqui é vinculada mostra um momento interessante de nossa realidade. E que ocorreu na manhã de sábado (27/JUL). Nela é possível de se ver o exato momento em que o navio-tanque “Taurogas” se cruza com a barcaça graneleira “Trevo Roxo”.

O “Zeugman” seguia para Rio Grande carregado com parte de nossa produção petroquímica. E no sentido oposto vinha o “Trevo Roxo” carregado com fertilizante. Matéria prima essencial para o sucesso de nossa agricultura. Unindo os dois setores mais importantes de nossa economia, indústria e agricultura, pela navegação e pela hidrovia.

É claro que esta fotografia não e perfeita. Faltou a representação do comércio. Que muito bem poderia ser representado por um navio transportando contêineres. Em cujo interior poderiam estar, exemplares de nossa rica e variada capacidade industrial. Que é vendida em nossas lojas. E que infelizmente percorrem longos caminhos entre sua origem e seu destino pelas nossas estradas. Ao invés de percorrer a mesma distância, sempre que possível no interior de navios. Pagando um frete muito mais barato. Que acaba por reduzir seu preço. E auxiliando na preservação de nossas estradas, e do nosso meio ambiente.

Como diz o ditado: “A esperança é a última que morre”. Diante disso, quem sabe, muito em breve esta fotografia não possa ser vinculada neste espaço. Mostrando não só navios-tanque e graneleiros se cruzando, mas também navios portando contêineres, sob seu convés.

Foto: Carlos Oliveira

“Trevo Nordeste” segue para Guaíba onde embarcará celulose.

A barcaça graneleira “Trevo Nordeste” seguiu na manhã de sábado (27/JUL) para o terminal de uso privado da CPMC Celulose Rio-grandense. Lá ela deverá ser carregada com 2.000 toneladas de acetobutirato de celulose. Que possui como próximo destino o porto de Rio Grande. Local em que deverá ser descarregado para posterior reembarque em outro navio mercante.

Na fotografia aqui vinculada conseguimos mostrar não só a barcaça “Trevo Norte” como a unidade fabril. Cuja totalidade de sua produção é escoada pela nossa hidrovia. Demonstrando o grande valor que seus idealizadores deram para este que é o modal mais econômico de todos: a hidrovia.

Foto: Carlos Oliveira

“Taurogas” partepara viagem rumo a Montevidéu.

O navio-tanque “Taurogas” partiu do terminal Santa Clara, do Polo Petroquímico de Triunfo, às 9 horas da manhã de sábado (27/JUL). Em sua viagem que ora se inicia ele deverá realizar uma escala no porto de Rio Grande. Oportunidade em que descarregará 2.000 toneladas de hidrocarbonetos acíclicos. Operação programada para ser realizada no píer operado pela empresa Braskem. Na sequencia, o navio deverá seguir para o porto de Montevidéu, no Uruguai. Interligando desta forma o nosso polo petroquímico a economia internacional. Fato sempre muito bem vindo, pois consolida e fortalece nossa presença em outras terras. Mostrando a competência de nosso setor industrial.

Foto: Carlos Oliveira

Navio-tanque “Guarujá” parte após descarregar GLP.

O navio-tanque “Guarujá” de propriedade da Petrobras e operado pela sua subsidiária a Transpetro, partiu na manhã de sábado do terminal de gás localizado as margens do rio Gravataí. A partida que estava prevista para ocorrer às 9 horas da manhã foi atrasada um pouco. Em virtude do navio também ter chegada mais tarde no dia anterior. Por causa da forte neblina que se formou no turno da manhã.

Com sua partida, o navio-tanque “Guarujá” deixou cerca de 2.000 toneladas de GLP em Canoas. Que serão utilizados no abastecimento de nossa população. Cujo consumo sempre se eleva o período mais frio do ano. Extrapolando a capacidade de produção instalada na Refinaria Alberto Pasqualini – REFAP.

Segundo informações preliminares, o navio-tanque “Guarujá” deverá ir para o porto de Rio Grande. Onde ficará aguardando a chegada de outro navio-tanque, que o reabastecerá com gas propano. Para que assim ele possa retornar a Canoas, ampliando as reservas de gás para atender a nossa demanda desta época.

Foto: Carlos Oliveira

Navio-tanque “Gas Puffer” retorna de Montevidéu.

Retornou na manhã de sábado (27/JUL), para o Polo Petroquímico de Triunfo, o navio tanque “Gas Puffer”. O navio, que havia partido no último dia 17/JUL, uma quarta-feira, para Rio Grande. Local em que operou antes de seguir viagem para a capital do Uruguai. Retornou agora para o seu local de origem, que é o terminal Santa Clara. Onde novamente deverá ser carregado para que possa escoar a nossa produção de petroquímicos o mais breve possível.

Observar como se dá esta relação entre polo produtor e polo consumidor. Nós permite ter uma melhor compreensão, do quanto nossa economia esta vinculada a economia de outros estados brasileiros e de outros países. Compreender isto é fundamental para que possamos valorizar as relações comerciais. Muito importantes para que possamos continuar crescendo como país, e como pessoas.

Foto: Carlos Oliveira

Navegação interior e eficiência - “Trevo Norte” leva celulose para Rio Grande.

A barcaça graneleira “Trevo Norte” realizou mais uma viagem entre o terminal de uso privado da CPMC Celulose Rio-grandense e o Porto Novo de Rio Grande. Demonstrando a intensificação do transporte da celulose produzida por esta indústria, e que se destina a exportação. Nesta nova viagem, ela transportou mais 2.296 toneladas de acetobutirato de celulose. Vindo a atracar no porto às 17 horas de sexta-feira (26/JUL).

Um fato importante e que é uma característica da nossa navegação interior, esta relacionada ao fato das embarcações poderem navegar quase que ininterruptamente. Como elas fazem com frequência muito grande o trecho entre Porto Alegre e Rio Grande, há um conhecimento muito aprofundado por parte de seus tripulantes sobre as características da navegação neste trecho. Possibilitando que eles naveguem inclusive a noite, ganhando tempo se comparado a navegação de cabotagem ou de longo curso. O tamanho menor das embarcações (comprimento, largura e calado) também lhes favorece. Já que os riscos de sair canal e encalhar ficam reduzidos quando comparados com os navios de grande porte. Por outro lado, as empresas de navegação possuem tripulação dobrada para os seus barcos. Possibilitando que enquanto uma tripulação esteja trabalhando a outra goze do seu descanso legal. Tudo isto demonstra o quanto se busca obter o máximo de aproveitamento racional de nossa navegação interior. Fazendo com que ela consiga transporta muito mais carga com muito menos embarcações. Tamanha a eficiência que se busca obter.

Foto: Carlos Oliveira

Petrobras trás para Canoas o primeiro navio com GLP de 2013.

A pós mais de 7 meses sem receber um navio-tanque da Petrobras, chegou na manhã de sexta-feira (26/JUL), vindo do Rio de Janeiro, o “Guarujá”, carregado com 2.000 toneladas de GLP.


O forte nevoeiro que se formou sobre o Guaíba, acabou por retardar a sua chegada. Que só veio a ocorrer no início da tarde. Com isto, às 13:26 ele foi avistado próximo a área do antigo Estaleiro Só. Navegando rumo a Porto Alegre para, na sequencia, poder passar pelo vão móvel da ponte do Guaíba. E entrar pelo Canal artificial que dá acesso ao rio Gravataí. Local em que esta instalado o Terminal de Gás do Sul – TERGASUL.

A ausência dos navios-tanque da Petrobras já era sentida pelas pessoas que gostam de ver navios. Principalmente por que eles sempre estiveram presentes em nossa paisagem nos últimos anos. No entanto o suprimento de gás estava sendo todo fornecido pela Refinaria Alberto Pasqualini – REFAP, que no processo de refino do petróleo retira também uma parcela de gás. Porém, com o aumento da demanda, devido ao frio do inverno, este consumo elevou-se. Exigindo a entrada de mais produto para o Estado. Fato que ocorreu neste momento.

Para finalizar, segundo uma rápida pesquisa realizada junto as nossas anotações. O último navio-tanque da Petrobras que aqui esteve foi o próprio “Guarujá”. Que havia chegado em Porto Alegre em 29 de dezembro de 2012, partindo no dia seguinte. Na mesma época, o navio-tanque “Guaporé” também esteve operando aqui. Chegando em Porto Alegre em 28 de dezembro e partindo no dia seguinte.

Fotos: Carlos Oliveira

“Norgas Pan” parte rumo a Maceió.

O navio-tanque “Norgas Pan” de bandeira de Cingapura e que havia atracado no terminal Santa Clara, partiu às 12:30 da tarde de sexta-feira (26) rumo a Maceió. Neste primeiro trecho de sua viagem o navio deverá fazer uma parada em Rio Grande. Com o objetivo de ser abastecido com óleo combustível. Procedimento este que só é permitido no porto de Rio Grande, em virtude do tipo de combustível utilizado e da estrutura existente para o pronto atendimento em caso de vazamento durante a operação.

A passagem do “Norgas Pan” por nosso estado é motivo de alegria. Pois demonstra que mesmo em tempos de crise econômica, estamos conseguindo manter nossa atividade produtiva. Pois é comprando e vendendo que a economia se aquece e propicia a manutenção de empregos com a geração de riquezas.

Foto: Carlos Oliveira

Barcaças “Porto de Viamão” e “Branave V” transportam soja para semeadura.

As barcaças “Porto de Viamão” e “Branave V” atracaram às 18 horas de sexta-feira (26/JUL) no Terminal Marítimo Luiz Fogliatto de Rio Grande com um carregamento de soja para semeadura. Nos porões da “Porto de Viamão” havia 2.480 toneladas; enquanto na “Branave V” o volume era de 1.820 toneladas.

Todo este produto deverá ser transferido para os porões do navio mercante “Atlantic Prime” de bandeira das Ilhas Marshall, e que mede 228m99 metros de comprimento e possui 32,26 metros de largura. O “Atlantic Prime” veio do porto de Cingapura e tem nele o seu próximo destino. E deve ser carregado em Rio Grande com 66.000 toneladas de soja para semeadura. Sua atracação neste terminal ocorreu às 19:45 de quinta-feira (25/JUL). E demonstra o quanto nosso estado é importante como produtor e exportador de soja.

A fotografia aqui vinculada foi feita na quinta-feira (25/JUL), por volta do meio dia. Momento em que as duas barcaças estavam navegando em comboio. Após terem partido da região metropolitana de Porto Alegre.

Foto: Carlos Oliveira

Barcaça “Rio Grande do Sul” leva farinha e retorna com fertilizante de Rio Grande.

A barcaça graneleira “Rio Grande do Sul” levou para o terminal Bianchini de Rio Grande um carregamento de 2.177, 01 toneladas de farinha. Sua partida ocorreu no sábado (20/JUL). E ao chegar em Rio Grande, às 07:30 da manhã de sábado (21/JUL) ela teve de fundear na área “Golfo III”. Lá ficou aguardando a liberação para atracar no terminal da empresa Bianchini de Rio Grande. Fato que se concretizou às 20 horas da noite de quinta-feira (25/JUL). Tendo a operação de descarga iniciado às 20:50.

Feito isto ela partiu para o Porto Novo de Rio Grande, atracando às 18:30 da sexta-feira (26/JUL). Lá esta programado o carregamento de 1.200 toneladas de fosfato monoamônico – MAP, e de 1.100 toneladas de fosfato diamônico – DAP. Para que ela possa transportá-la rumo a região metropolitana de Porto Alegre. Concluindo com sucesso mais um ciclo de sua atividade de transporte. Com carga nos dois sentidos.

Foto: Carlos Oliveira

“Trevo Oeste” é carregada com fertilizante.

A barcaça graneleira “Trevo Oeste” de propriedade da Navegação Aliança, atracou às 11:15 de manhã de quinta-feira (25/JUL) no terminal da empresa Yara Brasil Fertilizantes. Para lá ser carregada com 3.000 toneladas de fertilizantes que devem ser transportados para a região metropolitana de Porto Alegre. Com isto a barcaça garante a realização de mais uma viagem com carga nos dois sentidos. Melhorando o desempenho de nossa navegação e viabilizando nossa hidrovia como alternativa viável para o transporte de produtos e mercadorias.

Foto: Carlos Oliveira

Oleoplan embarca soja para Rio Grande.

A empresa Oleoplan, com unidade industrial no município de Canoas, e terminal de uso privativo às margens do rio Gravataí, enviou um carregamento de soja para Rio Grande. O produto, totalizando 3.131,42 toneladas foi embarcado na barcaça graneleira “Prof. David Cunha”. E sua chegada ao Terminal Marítimo Luiz Fogliatto ocorreu às 17:30 da tarde de quinta-feira (25/JUL).

A utilização da hidrovia com opção de transporte de nossa produção agrícola demonstra ser uma alternativa válida. Já que evita as perdas tão comum causadas pelo sacolejar dos veículos de carga. Que por não serem hermeticamente vedados sempre resultam na perda dos grãos pera a estrada ou ao longo da ferrovia. E pelo custo menor do frete, que representa uma economia significativa de recursos. Sempre potencializada pelo volume cada vez maior de nossas safras agrícolas.

Foto: Carlos Oliveira

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Para pensar e refletir – “Clipper Phoenix” parte vazio de Porto Alegre.

É com imensa tristeza que repito mais uma vez o mesmo tipo de título com relação a partida de mais um navio mercante de nosso porto. Desta vez o fato ocorreu com o navio mercante "Clipper Phoenix". Que partiu vazio na manhã de quinta-feira (25/JUL) do porto de Porto Alegre. Após ter vindo aqui com o objetivo de descarregar as últimas toneladas de fertilizantes que possuía em seus porões. Este fato é causado pela falta de investimentos em nossos terminais. Impossibilitando que o porto que foi projetado no início da República continue e ser um instrumento pleno de fomento ao desenvolvimento da cidade, do estado e do país. Nosso porto esta reduzido a uma caricatura. Que certamente deixaria abismado a todos os grandes políticos de nosso passado. Que como homens de visão sabiam e compreendiam perfeitamente o seu papel e o seu valor. Quem sabe, no futuro esta situação mude. Pois como diz o ditado:

"Errar é humano. Persistir no erro é burrice".

Pensem nisso!

Foto: Carlos Oliveira

Para refletir sobre nossa realidade: Bianchini envia farinha para Rio Grande.

A empresa Bianchini enviou por meio da barcaça graneleira "Prof. Luiz L; de Faria", um carregamento de farinha, para o porto de Rio Grande. O volume total transportado foi de 2.700 toneladas, algo semelhante ao que 90 veículos de carga, com capacidade para 30 toneladas cada, seriam necessários para transportar. A atracação da barcaça graneleira ocorreu às 12:20 da tarde de quarta-feira (24/JUL). No terminal de uso privado que a Bianchini possui na área do Super Porto de Rio Grande. E o início da operação de descarga ocorreu às 13:15.

Sobre sua viagem nós devemos relatar um fato que é de suma importância. Olhando os fatos acima relatados, nós não tomamos conhecimento de uma deficiência que atinge o porto como um todo. Que diz respeito a dois assuntos distintos e interligados.

O primeiro, é para a necessidade de investimentos nos terminais, sejam eles públicos ou privados. Ter equipamentos mais modernos e melhores, auxilia na redução do tempo de operação. Representa não apenas um ganho de produtividade, mas também um serviço melhor.

O segundo ponto, diz respeito a política federal de concessão dos portos e terminais para exploração pública ou privada. Onde, diante da incerteza recentemente criada, nem o ente público ou o privado, investem em melhoria das áreas que já possui. Motivados pela incerteza do futuro da mesma. Criando um circulo vicioso, que influencia de forma negativa na produtividade dos portos e terminais. Que ficam com defasagem tecnológica, operando com equipamentos sucateados.

Aqui vale fazer uma explicação, do porque estou citando este assunto neste momento. É pelo simples fato, da barcaça graneleira "Prof. Luiz l. de Faria" ter chegado a Rio Grande na noite de sexta-feira (19/JUL), mais precisamente às 21:30. Vindo a fundear na área "Golfo" para esperar a liberação e poder atracar junto ao TUP da Bianchini. Esta espera, prorrogou-se até às 10:45 da manhã de quarta-feira (24/JUL). Quando finalmente a barcaça partiu de sua posição, rumo ao dito terminal. Estes quatro dias e meio em que a barcaça esteve parada representam a nossa ineficiência. Que resultam numa elevação de custo. É isto que temos de ver, mostrar e debater. Pois se assim não procedermos, vamos estar nos iludindo. E não vamos poder melhorar algo que por natureza já é bom, que é a atividade de navegação como meio de transporte. Fica aqui o convite para que reflitamos sobre o assunto. Pois este é o primeiro passo para atingirmos um Brasil melhor para todos nós.

Muito obrigado!

Foto: Carlos Oliveira

CUSTO BRASIL – “CMB LILIANE” aguarda 34 dias para ser carregado.

Quando se fala em custo Brasil, muita gente não consegue compreender o que isto realmente significa. O mesmo ocorre quando se cita a existência de gargalos logísticos, aonde literalmente o movimento de carga chega, em um volume muito maior, do que pode ser processado por um determinado local. Seja ele uma estrada, uma ferrovia, um aeroporto ou um porto. É por este motivo que vou fazer aqui uma pequena recuperação sobre as operações que envolveram o navio mercante "CMB Liliane". Pois creio que este exemplo é muito apropriado para que o leitor posa compreender o assunto.


O "CMB Liliane" é um navio mercante de bandeira chinesa, registrado junto ao porto de Hong Kong. Seu comprimento total é de 180 metros e sua largura máxima chega aos 30 metros. Como navio graneleiro chegou ao Brasil com um carregamento de ureia. Atracando no terminal de uso privado (TUP) da empresa Yara Brasil fertilizantes, do porto de Rio Grande, às 18:02 do sábado (01/JUN/2013). A operação de descarga teve início pouco tempo depois, ás 20:15 demonstrando uma agilidade boa, para uma operação portuária. Finalizada esta operação, do qual 3.000 toneladas de ureia haviam sido retiradas. O navio partiu às 16:10 de domingo (02/JUN) deste terminal, rumo ao Porto Novo de Rio Grande. Local aonde atracou às 17:00. Nesta nova operação foram descarregadas mais 24.352 toneladas de ureia. Deixando o navio pronto para partir às 08:00 da manhã da domingo (07/JUN/2013), rumo a cidade de Porto Alegre. Aqui, na capital do estado, o "CMB Liliane" atracou na segunda-feira (08/JUN) para descarregar mais 7.700 toneladas de ureia. Sua partida de Porto Alegre ocorreu no sábado (13/JUN). Tendo como próximo porto de destino o de Rio Grande para lá receber, em seus porões, cerca de 30.000 toneladas de farelo de soja. No entanto o mesmo não pode atracar de imediato no terminal da empresa Bianchini. Tendo de ir fundear fora da barra do Rio Grande às 06:00 da manhã de domingo (16/JUN). E lá ficou por 34 dias a espera do momento de novamente entrar na barra para atracar e poder ser carregado. Com isto, na sexta-feira (19/JUL) às 12:40 finalmente o navio atracou no terminal da empresa Bianchini. Tendo as operações de carregamento iniciado às 14:40.

Como podemos ver, há um custo enorme para se manter um navio parado. Este custo é pago pela indústria que esta envolvida na operação, mas envolve uma transação em moeda forte. Que sai dos cofres públicos, das reservas que o país possui. Quando o navio partiu do porto de Porto Alegre, ele o fez com seus porões vazios. Neste momento perdeu-se a primeira oportunidade de acelerar o processo de embarque de produtos e mercadorias. Quando ele chegou em Rio Grande, teve de esperar a vez para ser atendido no terminal privado. Pois o porto público, embora possua uma profundidade maior (calado) não possui condições técnicas para embarcar nossa produção agrícola (sementes) ou industrial (farinha ou farelo). Perdemos com isto nossa segunda oportunidade de mostrarmos eficiência e eficácia. É com a soma destas deficiências que nós acabamos naufragando na economia mundial. Encarecendo um produto que os trabalhadores do campo, com muito suor e trabalho conseguem produzir a baixo custo. Investindo na melhoria de seus processos e em tecnologia que custa caro, mas dá resultado. Mudar esta situação é algo urgente. Pois a ineficiência de alguns prejudica a todos nós. Produtores ou não. Consumidores ou não. Pois o prejuízo não fica restrito a um setor da sociedade brasileira. Ele transpassa aos demais de uma forma invisível e poderosa.

Não podemos aceitar que os portos públicos não sejam eficientes.

Não podemos aceitar, que para se ter eficiência, temos de entregar o que é público para a iniciativa privada.

Não podemos aceitar que isto seja uma verdade cristalina. Pois se assim o fizermos estamos reconhecendo que o setor público é um peso para a sociedade.

Pensem nisso. Pois isto é um problema nosso. Que temos de resolver se quisermos progredir e ter paz social com crescimento econômico.

Muito Obrigado!

Fotos: Carlos Oliveira

Barcaça-tanque “Guarita” escoa petroquímicos e traz álcool cetílico.

A barcaça-tanque "Guarita" de propriedade da Navegação Guarita atracou no píer operado pela empresa Braskem no porto de Rio Grande. Este fato ocorreu a 01:45 da madrugada de quarta-feira (24/JUL). Nos tanques da barcaça "Guarita" haviam 2.000 toneladas de éteres alcoóis e 1.300 toneladas de derivados sulfonados nitridos para serem descarregados. Depois de concluída esta operação, havia a previsão de embarque de 1.100 toneladas de álcool cetílico, um produto muito utilizado pela indústria farmacêutica. Na fabricação de cremes cosméticos, bronzeadores, loções e condicionadores capilares. Sua origem pode ser tanto natural (vegetal) quanto sintética. Caracterizado principalmente por ser um óleo graxo, com cadeira de 16 carbonos.

Apresentar sua relação com a indústria petroquímica, é um meio didático de buscar o vínculo como nosso dia-a-dia. Isto é importante para que possamos compreender o valor das coisas. Pois se para muitos o Polo Petroquímico de Triunfo é algo distante. Cujo principal produto é o plástico da sacola de supermercado. Temos de saber que há muito mais coisas que nos ligam a este empreendimento industrial. Que por sua vez também nos ligam a navegação em si. E que se o produto que compramos na farmácia possui um preço maior ou menor. Este fato pode estar relacionado ao meio de transporte utilizado na sua distribuição ou na dos componentes que deram origem a ele. Pensem nisso, pois é assim que começaremos a mudar o nosso mundo.

Foto: Carlos Oliveira

Polo Petroquímico de Triunfo recebe dois navios.

Chegaram na manhã fria, mas ensolarada de quarta-feira (24/JUL), rumo ao terminal Santa Clara de propriedade do Polo Petroquímico de Triunfo, os navios-tanque "Taurogas" e "Norgas Pan".


O "Taurogas" veio do porto de Rio Grande, aonde havia descarregado parte da produção de petroquímicos produzida em Triunfo. Enquanto navegava pelas águas do Guaíba, por volta das 09:40, mas antes de chegar em frente ao porto de Porto Alegre, o navio foi recebido pelo rebocador "Pedro Marques", da Navegação Amandio Rocha- NAR, responsável pelo apoio no trajeto até a área de fundeio "Charles" localizada no rio Jacuí, em frente a entrada do canal de acesso ao terminal Santa Clara.

Já o "Norgas Pan" vem de Puerto Rosales, localizado próximo a Bahia Blanca na Argentina. E por este motivo teve de receber uma equipe da inspeção federal a bordo. Antes de ser liberado para seguir sua viagem até o píer I do terminal Santa Clara. Para que pudesse ser carregado de imediato.

Como podemos observar, a presença dos dois navios demonstra a importância da navegação para o escoamento de nossa produção industrial. E que deveria ser estendida aos demais setores produtivos. Ao invés de ficar restrita ao de produtos perigosos, como é o caso da petroquímica. Ampliar este conjunto de produtos faz bem para a nossa economia, Pois nos garante uma maior competitividade, reduzindo principalmente os custos de frete. Pensem nisso!

Fotos: Carlos Oliveira

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Navio mercante “Baltic Cove” parte na manhã de terça-feira.

Partiu às 9 horas da manhã de terça-feira (23/JUL) do porto de Porto Alegre, o navio mercante “Baltic Cove”. O navio de bandeira liberiana, que havia chegado na manhã de sábado (20/JUL), não pode operar durante este dia. Devido a chuva que caiu sobre a cidade no período da tarde e noite. Por este motivo foi obrigado a permanecer mais um dia, a fim de descarregar as 5.000 toneladas de fosfato diamônico que estava trazendo em seus porões.


Segundo observado, na tarde de segunda-feira (22/JUL) o serviço de descarga já se encontrava em fase final. Restando apenas a realização da limpeza do porão de número 3 do navio. No entanto sua partida só poderia ocorrer na manhã de hoje. Em virtude da limitação de horário em que os navios mercantes de grande porte podem navegar em nossos canais artificiais. No qual é necessário uma margem de segurança de 3 horas para que se possa realizar o trajeto entre Porto Alegre e o farol de Itapuã, na entrada da lagoa dos Patos.

Esta realidade nos remete as carências que toda a nossa hidrovia apresenta. Não só de ter um balizamento eficiente. Mas, principalmente pela falta de largura de seus canais artificiais para comportarem os navios maiores que aqui aportam. Rever esta questão e dar uma solução para o nosso problema é o grande desafia de nossos governantes. Que infelizmente não conseguiram até o presente momento equalizar esta questão.

Fotos: Carlos Oliveira (navio atracado) e Carlos Eduardo P. de Oliveira (navio navegando).

“Trevo Norte” transporta novo carregamento de celulose.

A barcaça graneleira “Trevo Norte” transportou para o porto de Rio Grande, mais um carregamento de celulose. Sua atracação no Porto Novo ocorreu ás 05:45 da madrugada de terça-feira (23/JUL). E em seus porões, ela estava transportando 2.300 toneladas de celulose. Produzidas pela empresa CPMC Celulose Rio-grandense. Cuja unidade fabril se localiza no município de Guaíba. Aonde também existe um terminal de uso privativo para as operações de carga e descarga de barcaças.

A intensificação deste transporte visa aproveitar a previsão de chegada de um navio com papel jornal ao porto de Rio Grande. Oportunidade em que normalmente se embarca a celulose para enviá-la ao fabricante de papel no exterior. Tendo em vista que no mundo do papel, nossa função é muito mais de produtores de celulose, do que de fabricantes de papel. E grande parte da cadeia produtiva esta associada às grandes multinacionais do setor, via empresas nacionais. Compreender esta lógica é fundamental para que possamos perceber os limites de nossa economia. Pensem nisso!

Foto: Carlos Oliveira

“Guapuvuru” escoa petroquímicos e busca petróleo.

A barcaça-tanque “Guapuruvu” de propriedade da Navegação Guarita e que mede 102,90 metros de comprimento e possui 15,50 metros de largura atracou no píer da Braskem em Rio Grande. Este fato ocorreu às 12:10 da tarde desta terça-feira (23/JUL).

Nesta viagem, a “Guapuruvu” transportou 1.400 toneladas de éteres alcoóis além de outras 1.400 toneladas de naftas para petroquímica produzidas, pelo Polo Petroquímico de Triunfo. Toda esta produção deverá ser armazenada nos tanques que a Braskem possui em seu terminal petroleiro. Para posterior embarque nos navios que os levaram para seu próximo final.

Já para a viagem de retorno, esta previsto que a “Guapuruvu” transporte 1.500 toneladas de petróleo “Arzwe”. Que, com petróleo, é sua matéria prima básica, do qual toda indústria petroquímica não pode prescindir.

Foto: Carlos Oliveira

Soja em grão é transportada pela barcaça “Trevo Verde”.

O terminal Marítimo Luiz Folgiatto recebeu mais um carregamento de soja em grão. Desta vez, a embarcação que a transportou foi a “Trevo Verde” de propriedade da Navegação Aliança; e que possui 91 metros de comprimento e 15,50 metros de largura. Em seus porões foram embarcados 3.000 toneladas de soja em grão. Volume equivalente ao que seria transportado por cerca de 100 veículos de carga com capacidade para 30 toneladas cada um. Com a grande vantagem de não se ter nenhuma perda durante o trajeto. Fato tão comum nos veículos de carga, que de grão em grão, chegam a perder até 5% do volume transportado, ao longo dos trajetos mais longos.

A chegada da barcaça graneleira “Trevo Verde” em Rio Grande ocorreu às 16:30 da tarde de segunda-feira (22/JUL). E tem de ser vista como o grande esforço que as nossas empresas de navegação realizam. Não só para prestarem um serviço eficiente, mas para mostrar o quanto a navegação é importante para a economia do nosso estado e do Brasil.

Foto: Carlos Oliveira

“Taurogas” escoa produção de petroquímicos destinada à China.

O navio-tanque panamenho “Taurogas” escoou para o porto de Rio Grande mais uma carregamento de produtos petroquímicos, produzidos pelo Polo Petroquímico de Triunfo. Ao todo ele transportou 1.850 toneladas de hidrocarbonetos acíclicos. E atracou junto ao terminal operado pela empresa Braskem às 12:05 da tarde de segunda-feira (22/JUL). Sendo que todo este produto deverá ser transferido diretamente para o também navio-tanque “Gaschen Pacific”;

O “Gaschen Pacific” é um navio de bandeira liberiana, operado pela empresa Gaschen Services. Que mede 155,64 metros de comprimento e possui 22,73 metros de largura. Veio de viagem do porto de Buenos Aires e possui como próximo destino o porto chinês de Jiangyin. Atracou no píer da Braskem às 14:50 de domingo (21/JUL) para ser carregado com 10.000 toneladas de hidrocarboneto “C4”.

O importante desta viagem é poder constatar a conquista de mais um mercado consumidor para a nossa produção petroquímica. Que garante desta forma o emprego de milhares de trabalhadores. Dos mais diversos segmentos da sociedade. E que ao se diversificar, dá uma maior estabilidade a economia do nosso Rio Grande do Sul.

Foto: Carlos Oliveira

“Trevo Oeste” transporta soja destinada a China.

A barcaça graneleira “Trevo Oeste”, atracou junto ao Terminal Marítimo Luiz Fogliatto, no Super Porto de Rio Grande, com mais um carregamento de soja destinado à China. Este fato ocorreu às 06:10 da manhã de segunda-feira (22/JUL). E o volume total de soja transportado chegava a 3.200 toneladas.

Seu embarque esta programado ocorreu junto ao navio mercante “Hercules”, de bandeira liberiana, e que mede 225 metros de comprimento e possui 32,26 metros de largura. O “Hercules” atracou neste terminal às 09:00 da manhã de segunda-feira (22/JUL), vindo do porto de Richards Bay. E têm, como próximo destino, o porto de Qinzhou, na República Popular da China. Para onde deverá levar cerca de 60.000 toneladas de soja. Incluindo neste contexto grão triturados.

Foto: Carlos Oliveira

terça-feira, 23 de julho de 2013

Celulose é transportada pela hidrovia.

Um carregamento de 2.000 toneladas de acetobutirato de celulose foi enviado para Rio Grande pela nossa hidrovia. Cabendo a barcaça graneleira “Trevo Nordeste” a missão de transportar este produto. Que foi embarcado no terminal de uso privativo (TUP) que a CPMC Celulose Rio-grandense possui e mantém as margens do lago Guaíba, exclusivamente para este fim.

Conforme levantamento realizado, a barcaça “Trevo Nordeste” atracou no Porto Novo às 07:20 da manhã de segunda-feira (22/JUL). E sua carga deverá ser armazenada nos próprios armazéns do porto a espera do navio que irá levá-la.

Foto: Carlos Oliveira

Barcaça graneleira “Piratini” recebe carregamento de ureia.

A barcaça graneleira “Piratini” de propriedade da frota de Petroleiros do Sul – PETROSUL atracou no Porto Novo de Rio Grande para ser carregada com ureia. Este fato ocorreu às 05:55 da madrugada de domingo (21/JUL). Logo após a barcaça “Piratini” ter desatracado do terminal da empresa Bianchini, aonde havia operado.

No Porto Novo de Rio Grande ela atracou a contrabordo do navio mercante panamenho “Pacific Pride”. Que mede 200,07 metros de comprimento e possui 32,26 metros de largura. E que deverá descarregar 13.749,63 toneladas de ureia neste local. Das quais 3.000 toneladas diretamente para os porões da “Piratini”. E segundo dados levantados, depois de concluída a operação do “Pacific Pride”, o mesmo que veio do porto de Santos, deverá rumar para o porto de Paranaguá, para lá ser carregado.

Já a barcaça graneleira “Piratini” retorna a região de Porto Alegre, para abastecer nossa indústria de fertilizante com esta matéria prima básica do setor agrícola.

Foto: Carlos Oliveira

“Trevo Vermelho” é carregada com fertilizantes.

Conforme foi divulgado aqui (veja matéria relacionada:
http://www.vcvesteio.blogspot.com.br/2013/07/trevo-vermelho-leva-soja-e-busca.html , a
barcaça graneleira “Trevo vermelho”  iniciou a operação de carregamento de seus porões com fertilizantes. Esta operação teve início às 00:50 da madrugada de domingo (21/JUL), quando a barcaça atracou junto ao terminal da empresa Yara Brasil Fertilizantes. E as 4.000 toneladas de fertilizantes de origem mineral que ela vai transportar, representam mais de 133 veículos de carga pesada, com 30 toneladas cada um, retirados de nossas estradas. Um grande alívio e uma grande contribuição, que somente a navegação pode realizar com tanta eficiência e eficácia. Estimular e incentivar a utilização de nossa navegação interior é trabalhar por um Rio Grande do Sul melhor, mais moderno e mais eficiente. Pensem nisso!

Foto: Carlos Oliveira

“Trevo Roxo” transporta resíduos produzidos pela Bianchini.

A barcaça “Trevo Roxo” realizou mais uma viagem a serviço da empresa Bianchini, com unidade industrial no município de Canoas e terminal de embarque ás margens do rio dos Sinos. Desta vez foram transportados 1.500 toneladas de bagaços e outros resíduos sólidos, provenientes do processo de beneficiamento de nossa produção agrícola. E que mesmo sendo resíduo, ainda possui valor comercial.
Atraindo, por este motivo, a atenção de clientes do exterior. O interessante deste tipo de operação, é podermos observar o quanto algumas empresas conseguem valorizar o que para muitos poderia ser considerado como lixo. E ao fazer isto, não só agregam valor, como acabam obtendo lucro. Gerando divisas em moeda forte, e garantindo emprego a uma cadeia produtiva muito grande. Que não teria esta oportunidade não fosse pelo apurado tino comercial de quem administra esta empresa. Pessoas e empresas deste tipo, certamente fazem a diferença. E deveriam ser um modelo a toda a  sociedade. Pensem nisso!

Foto: Carlos Oliveira